sexta-feira, 27 de junho de 2014

27/06/2014 - 08:00

27/06/2014 - 08:00 Volume de sementes piratas de soja é de pelo menos 10% do total plantado e preocupa associação Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo Foto: Reprodução / Ilustração O volume de sementes piratas no cultivo de soja no Estado já é de pelo menos 10% do total, de acordo com estimativas prévias da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat). O cenário preocupa a associação, sobretudo no que diz respeitos às consequências gerais da pirataria de sementes para toda a cadeia de soja no Estado. De acordo com o vice-presidente técnico da Aprosmat, Gladir Tomazelli, a entidade não tem nenhuma objeção à semente salva dentro das normas legais, o que é um direito do produtor. Para tanto, o produtor deve seguir a legislação, inscrevendo os campos de produção de semente da fazenda junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), beneficiando e armazenando as sementes na propriedade e fazendo uso exclusivamente próprio, dentre outras normas. Aqueles que não cumprem a legislação e/ou comercializam as sementes são enquadrados na pirataria e trazem diversos prejuízos à cadeia. Segundo Tomazelli, a pirataria de sementes não remunera a pesquisa, faz concorrência desleal com produtores de sementes que investem em prol de um bom produto e fomenta o desemprego de engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, operadores de Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) e outros funcionários relacionados à atividade. Além disso, a pirataria não remunera os cofres do Estado através do pagamento de impostos e diminui o padrão de qualidade das sementes plantadas nas lavouras, o que reduz a produtividade geral. A estimativa de 10% ainda pode aumentar neste ano de 2014 devido ao plantio de safrinha de soja no Estado. “O que, para a Aprosmat, representa grandes riscos em relação à qualidade fisiológica das sementes, bem como grandes prejuízos para Mato Grosso em relação aos problemas fitossanitários”, frisa o vice-presidente técnico. A associação recomenda que o produtor que quiser salvar semente precisa ficar atento à legislação e cuidar de todos os riscos, como mistura de cultivares e perda de vigor e germinação quando não armazenada nas condições ideais. “Quem compra semente certificada tem à disposição as melhores tecnologias e garantias de padrão de qualidade”, conclui Tomazelli.

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