terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mercado do milho aguarda números sobre os estoques e exibe ligeiras quedas

30/09/2014 14:35 Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho exibem leves quedas, próximos da estabilidade na sessão desta terça-feira (30). E, por volta das 11h41 (horário de Brasília), as principais posições registravam perdas entre 1,25 e 1,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era cotado a US$ 3,24 por bushel, pouca alteração em relação ao início do pregão, no qual, o valor era de US$ 3,25 por bushel. O mercado opera com pouca alteração, uma vez que os investidores aguardam os números dos estoques trimestrais de milho até 1º de setembro. O boletim será divulgado no início da tarde hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Segundo pesquisa realizada pela Bloomberg, a expectativa é que s números fiquem próximos de 32,41 milhões de toneladas, contra 22,89 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o mercado também observa os índices de colheita do cereal nos EUA. Nesta segunda-feira, o departamento reportou a colheita em 12% da área cultivada nesta safra. O volume ficou abaixo das perspectivas dos participantes do mercado, que esperavam um número entre 15% a 17%. E cerca de 74% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições, mesmo número divulgado na semana anterior. "As culturas de soja e milho continuam em estado maravilhoso", segundo informou o economista Dennis Gartman, em entrevista à Bloomberg. "O milho é quase exatamente o mesmo, uma cultura surpreendente que mantém crescendo a cada dia", completa. Com isso, é cada vez maior o sentimento de que a safra norte-americana, estimada no recorde de 365,65 milhões de toneladas nesta temporada, fique acima das projeções. Podendo, até mesmo, superar 370 milhões de toneladas. Mercado interno No Brasil, os preços do milho permanecem pressionados na maioria das praças. De acordo com informações reportadas pelo Cepea nesta terça-feira, a queda registrada no mercado internacional tem diminuído a competitividade do grão nacional. No Porto de Paranaguá, o preço de fechamento registrado nesta segunda-feira foi de R$ 22,50. Consequentemente, esse cenário tem preocupado os vendedores, já que com o fim da colheita da safrinha, os silos estão cheios e com o baixo volume da safra de soja negociada, as duas culturas irão disputar espaço nos armazéns. Por outro lado, os compradores permanecem adquirindo o produto de maneira lenta, da mão pra boca. Na visão do consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a solução para o mercado brasileiro são as exportações. E frente à reação no dólar, cotado a R$ 2,45 nesta terça-feira, aliada a um momento de reação nos preços no mercado internacional, poderá ocasionar uma melhora nos valores praticados nos portos brasileiros, que poderão chegar até R$ 24,00, conforme destaca o consultor. "Com isso, algumas regiões começam a dar sinais que podem liquidar o milho na exportação. A perspectiva é que terminemos setembro com volume próximo de 2,7 milhões de toneladas embarcadas e para outubro poderemos ter um bom volume”, explica Brandalizze. Ainda ontem, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) informou que, o país deverá embarcar entre 2 milhões a 2,7 milhões de toneladas de milho nos próximos meses até o final do ano. Ainda assim, o volume pode não ser suficiente para que seja alcançada a projeção feita pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 21 milhões de toneladas. No entanto, de acordo com dados da Reuters, a escala de navios para embarcar milho nos portos brasileiros nas próximas semanas está dois terços menor do que a observada no mesmo período do ano anterior. Por enquanto, a programação de embarques tem 24 navios previstos para carregar 1,28 milhão de toneladas de milho em outubro, incluindo dois navios ainda sem data marcada. No final de setembro de 2013, cerca de 69 navios aguardavam para carregar em torno de 3,73 milhões de toneladas. Fonte: Notícias Agrícolas

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