quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Criação de mini cabras é negócio vantajoso e de baixo custo
Criador de Minas Gerais investiu R$ 50 mil para começar negócio; cada animal é vendido por R$ 4 mil, em média
Henrique Bighetti | Uberlândia (MG)
COMO COMEÇAR A CRIAR30/10/2014 | 20h05
Na série “Como começar a criar” desta quinta, dia 30, o Jornal da Pecuária mostra o rebanho de mini cabras, e a história de um criador que soube transformar sua grande paixão em um negócio rentável.
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Os animais são tão pequenos que cabem no colo do criador! Os mais velhos tem entre 35 e 40 centímetros de altura e pesam 20 Kg. Dário Fagundes Costa Filho cria mini cabras há 32 anos. Para iniciar na atividade foi preciso investir cerca de R$ 50 mil. O que era um hobby se tornou um negócio, que hoje é vantajoso: um exemplar custa, em média, R$ 2.500.
– O casal de mini cabras nós vendemos, em média, de R$ 4 mil a R$ 5 mil. E o custo alimentar é muito barato, você deve gastar em torno de R$ 20 por mês, por animal. Nós temos um segmento de trabalho para hotéis fazenda, pesque e pague – conta o criador, Costa Filho.
Uma das principais características desses animais é a docilidade, por isso, as mini cabras são muito utilizadas em trabalhos terapêuticos, na recuperação de crianças com distúrbios físicos e também mentais. Já os machos não transmitem o cheiro às fêmeas, o que facilita tanto no manejo como também na reprodução. O período de gestação dura em média 120 dias, e cada macho cobre entre seis e sete fêmeas.
– As pessoas não deixam o bode junto na estação da monta, justamente por causa do cheiro, que passa para o leite da cabra. Como a gente não tem esse problema, então eles praticamente reproduzem o ano todo, as fêmeas parem, em média, dois animais por ano – relata.
As mini cabras leiteiras consomem por dia de 5% a 6,8% do seu peso vivo, de matéria seca. A base alimentar é composta por forrageiras, ração e folhas verdes. Com manejo, alimentação, conforto e genética, esses animais chegam a produzir até três litros de leite por dia.
– É um animal seletivo, que escolhe o que vai comer. Se você deixar a vontade ele vai comer somente aquilo que ele quer, e as vezes ele não irá ingerir a quantidade de matéria seca necessária para produzir uma determinada quantidade de leite. Então, o ideal, mesmo em uma dieta controlada e programada, é a fragmentação desse fornecimento, ou seja, você vai fornecer a mesma quantidade, porém, várias vezes ao dia – ensina o especialista de reprodução de caprinos Maicon Henrique Barbosa dos Santos.
Os cuidados com os filhotes são ainda maiores. O manejo sanitário inclui a cura de umbigo e a ingestão do colostro, logo após o nascimento.
– Em caprinos, nós temos a artrite encefalite viral, que é considerada a Aids dos caprinos. Então, em rebanhos leiteiros é recomendada a retirada desse filhote antes de amamentar na mãe, essa amamentação do colostro ela deve se, ou com colostro pasteurizado de outra cabra, ou com colostro congelado até de uma fêmea bovina – orienta Santos.
Com tanta docilidade, é difícil não se apaixonar por esses animais.
– Um animalzinho desse, com três meses é a primeira vez que pega no colo, eles são muito tranquilos, bem fácil de lidar. É muito bom – festeja o criador.
CANAL RURAL
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