sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Puxado por café, preço dos produtos agrícolas sobe no atacado, aponta FGV

Após quatro meses em queda, os produtos agropecu- ários voltaram a subir pelo segundo mês consecutivo no atacado Essa puxada de preço ocorre devido à pressão do café em grão, que ficou 7% mais caro neste mês, uma evolução bem superior aos 3,36% de setembro. A falta de chuva nos cafezais brasileiros preocupa o mercado mundial, pois os estoques diminuem e os preços sobem, influenciando também os internos. As incertezas com a próxima safra brasileira de café --a do ano passado também já havia ficado abaixo das expectativas do mercadoprovocam essa alta nos preços devido à liderança do Brasil nesse mercado. Os dados do atacado foram apurados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV. A instituição aponta, ainda, alta de 2,05% para a carne bovina no mercado atacadista. Essa alta é reflexo dos preços recordes que a arroba de boi gordo atinge no campo, onde é negociada a até R$ 140. O frango também aparece na lista das maiores pressões no atacado apurada pela FGV. O tomate, com alta de 25,41% devido à seca, também volta a compor essa lista. Já a soja está entre os produtos que impediram uma maior alta da inflação no atacado neste mês. A queda dos preços da oleaginosa no início do mês provocou redução de 3,2% nos preços praticados no atacado. Mas essa pressão de baixa poderá perder força nas próxima semanas no atacado, devido à recuperação dos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago nas duas últimas semanas. O ritmo de colheita nos Estados Unidos está abaixo do esperado. Bunge Queda de preços das commodities e atraso nas vendas da safra no Brasil fizeram a Bunge ter vendas líquidas menores no trimestre terminado em 30 de setembro. Quanto foi As vendas somaram US$ 13,7 bilhões, com queda de 6,8% em relação a igual período de 2013. No acumulado dos nove meses, o valor foi de US$ 43,9 bilhões, com queda de 2,4%. Açúcar O setor de agronegócio registrou o maior volume de vendas, somando US$ 9,8 bilhões no trimestre. Já o de bioenergia e açúcar movimentou US$ 1,15 bilhão. Ganhos O lucro líquido foi de US$ 294 milhões no trimestre, ante prejuízo de US$ 148 milhões em 2013.
Data de Publicação: 31/10/2014 às 11:20hs Fonte: Folha de S. Paulo

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