quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O Brasil nos surpreende a cada quilômetro rodado



Você conhece Paracatu, em Minas Gerais? Se não, conheça. Fica pertinho da divisa com Goiás, onde antes é preciso cruzar a ponte que separa os dois estados (de quem vem de Brasília)





Em agosto, ministrei uma palestra por lá e passei por Cristalina, município de Goiás, que vejo como um agronegócio extraordinário! Lá, há placas que informam: “Cristalina, centro mundial dos cristais”.
No carro, pela estrada, vi terras a serem trabalhadas e transformadas em riquezas. Ao chegar na cidade de Paracatu, vivi um dia inteiro de discussões. Os temas eram sobre ciência, tecnologia e como desenvolver o outro ouro, o ouro do agronegócio em cima da terra.
Mas, o surpreendente é o Brasil. Chegar na cidade e olhar para o lado esquerdo de quem vem de Brasília e ver a maior mina de ouro a céu aberto: Kinross Paracatu. Impressionante nosso país.
A mina de ouro estava com os trabalhos paralisados. O motivo? Falta de água para a extração. O Brasil central está seco, e queimadas ardem ao lado das estradas.
No Seminário das Tendências do Agronegócio, realizado pelo Sebrae-MG em Paracatu, cooperativas e jovens mostraram suas startups. Alunos de faculdades, produtores e uma produtora rural, convocaram a todos para se reunirem numa cooperativa com um projeto de irrigação.
O Brasil precisa ter muito mais irrigação do que possui, pois significa segurança de produção a partir de um fator incontrolável: as águas. Será também da administração inteligente dessas águas, que teremos alimentos, riquezas, e por ironia, até o ouro de Paracatu. Sem água não terá ouro.
Brasil: terra de riquezas embaixo da terra e de novas riquezas em cima da terra.
Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.


Data de Publicação: 14/09/2017 às 14:00hs
Fonte: Assessoria de Comunicação CCAS


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