segunda-feira, 2 de junho de 2014

Algodão, soja e milho puxam alta do PIB baiano no 1º trimestre

Algodão, soja e milho puxam alta do PIB baiano no 1º trimestre 02/06/14 - 10:25 O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia cresceu 2% no primeiro trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013. O índice é quase o mesmo do crescimento nacional, de 1,9%. Em comparação com o último trimestre de 2013, o crescimento da economia baiana foi mais do que o dobro da nacional. Enquanto o Brasil cresceu 0,2% entre janeiro e março deste ano, a Bahia registrou uma expansão de 0,7%. Os resultados foram divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI) e são calculados com base nos valores acumulados pelos setores agropecuário, industrial e de serviços. O grande destaque do período foi o crescimento de 17% do setor agropecuário puxado pela alta de 34,8% do algodão, 35,9% da soja e 50,3% do milho. No total, os grãos tiveram alta de 39,4%. As maiores quedas foram registradas no valor acumulado da mandioca (-26,2%) e cana de açúcar (-11,9%). Por outro lado, a queda de 0,8% da indústria puxou os resultados para baixo. A produção de veículos automotores caiu 39,8% na Bahia. Segundo o gerente de estudos técnicos da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), Marcus Verhine, a queda da produção de automóveis foi o principal fator para os baixos resultados da indústria de transformação, que fechou o primeiro trimestre com 1,9% de queda. "Muitas plantas estão dando férias coletivas aos seus empregados pelo volume de estoque acumulado. Isso se dá pelo retorno do IPI, que está voltando gradativamente ao patamar anterior", afirma Verhine. O economista explica que a alta da Selic tornou o crédito mais caro, principal forma de aquisição de veículos no Brasil, o que diminuiu a demanda. Ainda na indústria, o setor extrativo mineral cresceu 5,1%, impulsionado pelas produções de níquel e vanádio. Já o setor de construção civil teve aumento de 2,2%, ainda impulsionado pelas obras de infraestrutura realizadas pelos governos federal e estadual. O setor de serviços baiano também teve maior crescimento do que o nacional, de 2,6% contra 2%. O destaque vai para o comércio, que cresceu 8,5% na Bahia e apenas 2,2% no Brasil. Exportações A queda nas exportações de automóveis (-30,4%), produtos de metalurgia (-22,4%) e químicos e petroquímicos (-14,4%) influenciou negativamente a balança comercial baiana. No primeiro trimestre de 2014, a balança comercial fechou com um déficit de US$ 90 milhões. Menor consumo em países como Estudos Unidos, China e Argentina são apontados como razões para a diminuição das exportações. As importações cresceram 13,8%, principalmente na compra de bens de consumo duráveis, combustíveis e lubrificantes e bens de capital. Projeções A SEI também reviu a projeção do PIB para o ano de 2014 na Bahia. Estima-se que o PIB baiano cresça 3%. A projeção do IBGE para o Brasil é de 1,6%. "Inicialmente projetamos um crescimento de 3,3%. Fizemos um ajuste por considerarmos uma projeção mais segura. Esse resultado será influenciado pelo crescimento do agronegócio, pelos resultados dos serviços e o peso que têm na composição do PIB da Bahia", afirmou o diretor-geral da SEI, Geraldo Reis. A Tarde Autor: Paula Janay Alves

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