segunda-feira, 2 de junho de 2014

Dimensão da safra americana preocupa mercado de soja

Dimensão da safra americana preocupa mercado de soja "Estamos em um momento muito positivo, mas na minha opinião, como produtor, o grande temor do segmento é com relação ao tamanho da safra norte-americana comparada à da América do Sul - em especial ao nosso País", afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira Dados do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimam a produção da oleaginosa em 86,5 milhões de toneladas na safra 2013/2014, avanço de 6,2% sobre os 81,4 milhões de toneladas registradas em 2012/2013. O resultado é consequência da expansão de 8,3% na área colhida, apesar da redução de 1,9% em produtividade devido a problemas climáticos. Silveira diz que a expectativa para a safra 2014/2015 é atingir 90 milhões de toneladas do grão, número já projetado para este ano, mas que não se consolidou por conta da estiagem e chuvas irregulares entre o final de 2013 e o início de 2014. A nível mundial, o Conselho Internacional de Grãos (IGC), com sede em Londres, passou a estimar a produção da oleaginosa em 284 milhões de toneladas para 2014/2015 , 12 milhões acima do resultado da safra 2013/2014. O consumo internacional subiu em um milhão de toneladas, na avaliação do IGC, e agora é estimado em 282 milhões de toneladas, 4,8% a mais que os 269 milhões de toneladas nesta safra. "O que tem segurado os preços da soja é a demanda bem aquecida, principalmente no exterior. O cultivo dos Estados Unidos sofreu por intervenções climáticas, abrindo uma lacuna para o mercado brasileiro. A China é o principal importador e as taxas de câmbio por aqui colaboram para a manutenção do cenário", explica o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Lucílio Alves. A gestora do departamento de economia da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Adriana Mascarenhas, afirma que só entre os meses de janeiro e abril deste ano houve um aumento de 48% no volume de exportações do grão, no comparativo dos últimos doze meses. O farelo de soja expandiu em 12% no nível de vendas para o exterior. Entretanto, o especialista do Cepea destaca que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já deu sinais claros de 4% na expansão da área plantada para a próxima safra. "Eles estão com 60% da produção já cultivada até o dia 25 de maio, um ritmo mais adiantado em relação ao ano passado. É possível trabalhar com projeções de queda entre 13% e 15% nos preços negociados pelo Brasil para março de 2015", enfatiza Alves. Para o pesquisador, uma reversão nestas expectativas só caberia mediante alta nas taxas de câmbio ou algum fator que impedisse a produção nacional de crescer conforme o estimado. Biodiesel A presidente Dilma Rousseff aprovou, na última semana, o aumento na mistura do biodiesel ao diesel, medida bem recebida tanto pela indústria quanto pelos representantes do setor produtivo. "Esta solicitação demorou muito tempo para ser atendida, mas provamos para o governo que seria positivo para todas as partes. Auxilia na redução da ociosidade da indústria e deixaremos de exportar uma parte do grão in natura para direcioná-lo ao atendimento de uma nova demanda interna que surgirá", disse ao DCI o senador Cidinho Santos (PR). Para ele, assim será possível agregar ainda mais valor ao grão. . . .. Data de Publicação: 02/06/2014 às 11:20hs Fonte: DCI . . ... . . . . . . . . ... . .. ...

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