segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Genética, nutrição e manejo são pontos fundamentais para produzir tourinhos melhoradores

Vacas com alto valor genético para produção de touros melhoradores Não basta investir pesado durante anos na criação de tourinhos melhoradores se posteriormente a ração do animal não é de boa qualidade. Da mesma forma, de nada adianta alimentação de primeira linha se o animal não recebe acompanhamento adequado do pecuarista. Para produzir tourinhos melhoradores, ou seja, animais que trazem maior produtividade e rentabilidade aos rebanhos, é necessário observar três pontos essenciais: genética melhoradora, nutrição eficiente e manejo. A primeira característica se refere em utilizar uma genética que irá atingir os pontos fracos do rebanho, trazendo reprodutores que agreguem às deficiências do plantel, sejam essas carências de habilidade materna, fertilidade, desempenho em ganho de peso ou até precocidade. Para isso, o pecuarista deve observar a consistência genética do animal, buscando informações do pai, da mãe e avós do touro, além do índice zootécnico e morfologia. Com isso, é fundamental avaliar a DEP (Diferença Esperada de Progênie), pois este dado apresenta as características genéticas do tourinho, podendo predizer qual habilidade de transmissão de genes possui e qual carência do plantel poderá atender com primor. No caso de um tourinho melhorador, o valor de acurácia obtido pela DEP recebe grande importância. Afinal, ele mostra o poder e força genéticos do animal. O resultado desse dado é um número decimal entre zero e um. Quanto maior for, há mais chances das características genéticas não se alterarem com a incorporação de informações genéticas de uma fêmea. Todos esses indicadores são muito importantes, pois determinam também como deverá ser a alimentação e manejo do animal. Com isso, a questão da nutrição deve receber grande atenção do produtor, conforme explicou o consultor técnico de corte da Alta, Rafael Mazão. “Quanto mais se aplica em genética, mais o rebanho é exigente. Muitas vezes o produtor investe em genética, mas esquece da qualidade das pastagens, da suplementação e nutrição”, disse o especialista. O manejo também não deve ficar em segundo plano. O técnico da Alta explicou que este deve ser realizado durante toda a vida do touro. “O manejo vai até a idade adulta, quando esse animal será abatido. Ou, no caso da pecuária seletiva, quando se tornar um reprodutor ou uma matriz”, comentou Mazão. A Alta possui uma excelente bateria de animais que se destacam para produção de novos touros: Donato de Naviraí, excelente reprodutor de linhagem seletiva, e o Funcionário de Naviraí, que também é um grande raçador. A inseminação artificial representa 10% das matrizes brasileiras. Esse dado mostra a importância de produzir tourinhos melhoradores para trabalhar neste setor, trazendo maior produtividade e rentabilidade nos rebanhos.
Data de Publicação: 29/09/2014 às 08:50hs Fonte: LN Comunicação

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