segunda-feira, 29 de setembro de 2014

INTERNACIONAL: Diplomatas veem Mercosul e bloco do Pacífico mais próximos

Uma aproximação comercial entre os países da Aliança do Pacífico e do Mercosul, desejo manifestado publicamente pelos presidentes da Colômbia e do Chile, já é uma realidade na prática Uma aproximação comercial entre os países da Aliança do Pacífico e do Mercosul, desejo manifestado publicamente pelos presidentes da Colômbia e do Chile, já é uma realidade na prática. Essa é a visão dos ex-embaixadores Samuel Pinheiro Guimarães Neto e José Viegas Filho, que participaram ontem de reunião organizada pela consultoria GO Associados. Acordos assinados - Os diplomatas lembraram os Acordos de Complementação Econômica (ACEs) assinados entre o bloco sul-americano com Chile, Peru e Colômbia, membros da Aliança, que ainda conta com o México. Há diferença no prazo da desgravação das alíquotas que foram reduzidas, mas isso não altera, na avaliação deles, o fato de existirem acordos que caminham para uma liberalização do comércio. Outros países - O tratado com os chilenos ficou pleno neste ano e, em 2015, os acordos com peruanos e colombianos também vão se aproximar da redução total de alíquotas para os produtos sob o acordo. "Quando se fala em tratado com esses países, esquece-se que ele já existe via esses ACEs", afirmou Guimarães Neto. Redução de tarifas - Ex-secretário-geral do Ministério da Relações Exteriores entre 2003 e 2009, segundo cargo na hierarquia do Itamaraty, Guimarães Neto lembrou que na última reunião do Mercosul, em julho, os presidentes discutiram formas de acelerar as reduções de tarifas previstas nos ACEs. "Tem que se levar em conta que, enquanto houver a TEC [Tarifa Externa Comum] no Mercosul, não será possível buscar acordos bilaterais sem ferir as regras do bloco. " Erro - Para Viegas Filho, é um erro encarar a Aliança do Pacífico como um bloco mais forte que o Mercosul. Para ele, os países da Aliança possuem acordos bilaterais, como os assinados com os EUA, mas não foram além da redução de tarifa e do fomento a investimentos. "São concepções diferentes. O Mercosul não está em seu melhor momento, mas visa políticas de integração e desenvolvimento mútuo. Avançar nisso, aliás, é o desafio do próximo presidente, independentemente de partido", afirmou.
Data de Publicação: 29/09/2014 às 09:30hs Fonte: Informe OCB

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