quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Gasto com Saúde crescerá abaixo da inflação em 2017, propõe governo

31/08/2016 19h52 - Atualizado em 31/08/2016 22h00


Gasto com Saúde crescerá abaixo da inflação em 2017, propõe governo










Previsão de gastos está na proposta de orçamento federal para 2017.
Ministro não soube dizer desde quando gasto não sobe menos que inflação.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília




proposta de orçamento federal para o ano de 2017, encaminhada nesta quarta-feira (31) ao Congresso Nacional, prevê que os gastos com Saúde cresçam abaixo da inflação, informou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
De acordo com ele, a previsão é de que as despesas com Saúde avancem de R$ 112,4 bilhões, em 2016, para R$ 120,2 bilhões no ano que vem, valor que já contempla as emendas parlamentares.
Seria um aumento de 6,93% nesses gastos no ano que vem. Neste ano, a inflação, prevista pelo mercado financeiro é de 7,34% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do país.
Questionado por jornalistas, o ministro não soube dizer desde quando os gastos sociais com Saúde não são corrigidos, ao menos, pelo valor da inflação do ano anterior. Segundo ele, porém, a regra atual de aumento dos gastos com Saúde estão sendo observados. "Não poderíamos fazer de outra maneira. Cumprimos o mínimo atual. Estamos com folga tanto em Educação quanto em Saúde", declarou.
Atualmente, a Constituição vincula os gastos com saúde e educação à receita líquida do Governo Federal. O gasto com saúde precisa obedecer ao percentual mínimo de 13,2% da receita líquida. Os estados e o Distrito Federal devem investir o mínimo de 12% de suas receitas, enquanto os municípios devem aplicar pelo menos 15%.
"O que é importante. Não estamos nem discudindo a PEC 241 [que institui um teto para os gastos públicos]. O que é importante é a regra atual. Não se fala se mudou ou não mudou a regra. Estamos aplicando além da regra atual. Não aplicamos a regra da PEC [do teto] em Saúde e Educação porque não poderíamos. A regra atual foi respeitada e superada", acrescentou ele.
Confira a seguir outros destaques e previsões do Orçamento 2017:
- salário mínimo de R$ 945,80 para 2017
-  alta de 1,6% do PIB
- rombo fiscal de R$ 139 bilhões
- arrecadação de R$ 24 bilhões com concessões e permissões
- corte de R$ 5,3 bilhões em gastos e receitas adicionais
- correção de 5% na tabela do IR
- não realização de novos concursos públicos
- reajustes para os ministros do STF e outras carreiras de servidores
- déficit de R$ 181,2 bilhões para Previdência
-  gasto com saúde crescerá abaixo da inflação
Salário mínimo
O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de referência para mais de 48 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 880 para R$ 945,80 a partir de janeiro de 2017, com pagamento em fevereiro do próximo ano.
Educação
No caso da Educação, a proposta de orçamento enviada ao Congresso Nacional é de que o valor suba de R$ 75,7 bilhões, neste ano, para R$ 84 bilhões em 2017 - um aumento de 10,96%. Esse aumento, disse o ministro Dyogo Oliveira, também atende à regra atual de correção dessas despesas.
Com educação, a Constituição prevê um gasto mínimo de 25% das receitas tributárias de estados e municípios – incluídos os recursos recebidos por transferências entre governos – e de 18% dos impostos federais, já descontadas as transferências para estados e municípios.
tópicos:
  • Economia
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      http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/gasto-com-saude-crescera-abaixo-da-inflacao-em-2017-propoe-governo.html

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