sexta-feira, 26 de abril de 2019

Café: Preços têm pouca oscilação na semana



Publicado em 26/04/2019 15:00


As leves perdas ocasionadas por fundamentos baixistas foram compensadas, em parte, por correções técnicas
Em meio ao cenário de fundamentos baixistas, como a sensação de oferta satisfatória, o início da colheita no Brasil e o dólar forte, os contratos futuros do café oscilaram pouco no acumulado da semana, com as perdas sendo compensadas por movimentos de recuperação técnica nos mercados internacionais.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho/2019 do contrato "C" encerrou a sessão de ontem (25) a US$ 0,9335 por libra-peso, computando modestos ganhos de 50 pontos na semana. Já na ICE Futures Europe, o contrato julho do café robusta acumulou perdas US$ 26, fechando a US$ 1.390 por tonelada.
Analistas acreditam que os fundos de investimento devem ter alterado pouco seu saldo líquido vendido em café na semana encerrada em 23 de abril. No intervalo anterior, finalizado no dia 16, esses players detinham saldo líquido vendido, considerando futuros e opções, de 79.067 lotes.
Durante a semana, o dólar comercial chegou a romper a barreira dos R$ 4, impulsionado por sua permanente valorização no exterior e pela sensação, no Brasil, de que a aprovação da reforma da Previdência poderá ter um longo caminho a percorrer na Comissão Especial e no Plenário da Câmara, após sua aprovação na CCJ. Ontem, a moeda fechou a R$ 3,9561, com alta semanal de 0,7%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o Rio de Janeiro e a maior parte de Minas Gerais terão dia ensolarado amanhã. Por outro lado, o Triângulo Mineiro, o Estado de São Paulo e toda a faixa leste da Região Sudeste deverão receber pancadas de chuva à tarde, mas de forma passageira.
COLHEITA

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou, nesta semana, que os trabalhos de cata da safra 2019 foram iniciados em todas as regiões de café arábica e robusta do país. A instituição avisa que, apesar do adiantamento das atividades neste ano, o volume da temporada 2018 disponível no mercado ainda é significativo. "Alguns negócios de cafés remanescentes, inclusive, têm sido realizados nas últimas semanas conforme a necessidade de caixa dos produtores", afirma.
A liquidez no mercado físico, no entanto, é considerada baixa pelo Cepea, que justifica o fato devido aos menores preços interno e externo do café, "que estão próximos (ou, em alguns casos, até abaixo) dos custos de produção". Segundo levantamento da instituição, até o dia 18 de abril, a comercialização da safra 2018 somou de 70% a 90% do volume total produzido. Em março, era de 70% a 85%.
O Centro informa, ainda, que a expectativa dos agentes de mercado é que, com a intensificação da colheita nas próximas semanas, um maior volume de negócios seja efetivado no mercado físico. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 384,32/saca e R$ 285,38/saca, com alta de 0,6% e queda de 1,6%, respectivamente.
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Fonte: CNC

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