Publicado em 28/04/2019 06:35 e atualizado em 28/04/2019 07:17
Entrevista com Celestino Zanella - Presidente AIBA, no lançamento da Bahia Farm Show
Celestino Zanella - Pesidente AIBA
Celestino Zanella - Presidente AIBA, diz que produtores querem cumprir com suas obrigações - plantar e produzir - mas para isso precisam do insumo essencial que é o credito para adquirir máquinas necessárias (porem carissimas e em dólares), e vencer as dificuldades (principalmente logisticas) das regiões distantes do Oeste da Bahia e do Matopiba.
Zanella considera que o crédito é o insumo essencial para a agricultura, mas acredita que ele virá no mesmo volume e antes da realização da Bahia Farm Show, marcada para 28 de maio/1.o de junho.
"Tivemos commdirigentes do BB e do Banco do Nordeste e ambos me garantiram que o volume disponibilizado pelo crédito oficial será o mesmo montante do ano passado, o que vai mudar serão as linhas de juros e prazos.
No ano passado a contratação total de crédito no Plano Safra 2018/19 e para a agricultura familiar (Pronaf) alcançou 129 bilhões de reais (no período de julho de 2018 a março de 2019), alta de 8 por cento ante igual período da temporada anterior.
Segundo o MInistério da Agricultura, 110 bilhões de reais corresponderam ao financiamento rural para o setor empresarial (Plano Safra), avanço de 6 por cento em relação a 2017/18, enquanto 18,8 bilhões de reais se referem à agricultura familiar, um aumento de 16 por cento na comparação à safra anterior.
Custeio, investimentos e comercialização lideraram as áreas de aporte no Plano Safra, somando 105 bilhões de reais.
CNA quer juros de 6,5% para médios produtores no novo Plano Safra
(por Mário Bittencourt, do Correio da Bahia)
Para o próximo Plano Safra, a CNA quer que os juros do Pronaf caiam para 4% ao ano. Para o Pronamp, a redução pedida é de 6% para 5,5% ao ano. Para os demais produtores, o pedido é de queda dos 7% em vigor nesta temporada para 6,5% ao ano.
Outro pleito é o aumento nos limites de financiamento por ano agrícola por beneficiário: no Pronaf de R$ 250 mil para R$ 300 mil, no Pronamp de R$ 1,5 milhão para R$ 1,8 milhão, e para os demais produtores de R$ 3 milhões para R$ 3,6 milhões.
A CNA apontou que o governo deve priorizar o crédito pra custeio pra safra 2019/2020, o programa de investimento para construção de armazéns, o programa para atender aos médios produtores, o de inovação tecnológica nas propriedades, e o programa de agricultura de baixo carbono. “E que defina políticas estruturantes do seguro rural e apoio da comercialização dos produtores”, disse Fernanda Schwantes.
O Ministério da Economia, em nota ao CORREIO, informou que “está trabalhando em diversas frentes para ampliar o crédito rural, em conjunto com o Ministério da Agricultura, o Banco Central e ouvindo as demandas dos produtores. Essas medidas serão apresentadas até a divulgação do Plano Safra”.
Questionado se há previsão de liberação de crédito rural para bancos públicos até a data de realização da Bahia Farm Show, o ministério declarou que “os bancos públicos utilizam as mais diversas fontes de recursos e, cada vez mais, recursos próprios e aqueles captados diretamente, com taxas que dão prioridade à atividade rural”.
“Dada a evolução do crédito para investimento, o governo já redirecionou recursos de algumas linhas de crédito (com menor demanda) para outras linhas com maior procura, buscando atender às necessidades dos produtores”, diz o comunicado.
Para o Ministério da Economia, “os bancos privados já atendem ao crédito rural e é importante que aumentem sua participação para que o produtor rural tenha maior disponibilidade de recursos para sua atividade”.
Subsídios da União caem 13,4% em 2018, renúncias tributárias ficam estáveis
BRASÍLIA (Reuters) - Os subsídios concedidos pela União tiveram queda nominal de 13,4 por cento em 2018, a 314,2 bilhões de reais, afirmou o Tesouro Nacional confirmando a diminuição dos benefícios financeiros e creditícios oriundos dos recursos públicos federais. As renúncias tributárias, que respondem por maior peso no conjunto, seguiram estáveis.
Benefícios financeiros e creditícios, que incluem despesas com subvenções e assunções de dívida quanto gastos com programas públicos de crédito, representaram 0,3 por cento do PIB em 2018, a 21,4 bilhões de reais, ante 1,3 por cento do PIB em 2017.
Isso ocorreu a despeito do governo ter canalizado 4,81 bilhões de reais para uma subvenção ao óleo diesel, como medida para debelar a greve dos caminhoneiros.
Em relatório, o Tesouro informou que a diminuição foi puxada pela devolução antecipada de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela reformulação do Fies, programa de financiamento estudantil.
O Tesouro também chamou a atenção para o papel da menor taxa básica de juros e seu impacto no custo médio de emissão de títulos soberanos. Desde março de 2017, a Selic está no piso histórico de 6,5 por cento ao ano.
Em outra frente, o Tesouro afirmou que a redução nos subsídios também foi beneficiada por contabilização de ajustes patrimoniais em fundos e programas, como ocorreu no FAT.
Por outro lado, os benefícios tributários --que implicam renúncia de receita-- ficaram estáveis em 4,3 por cento do PIB no ano passado, apontou o Tesouro, a 292,8 bilhões de reais.
Com isso, o total de subsídios como proporção do PIB ficou em 4,6 por cento, menor percentual desde 2010 (4,2 por cento).
O destaque, no caso das renúncias, foi a alta de 15,1 por cento para a Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, num acréscimo de 3,3 bilhões de reais. Também subiram os benefícios tributários com o Simples Nacional (+4,2 por cento, ou 3 bilhões de reais adicionais) e para agricultura e agroindústria (+12,7 por cento, ou 2,786 bilhões de reais).
Na outra ponta, as maiores quedas em benefícios tributários vieram na linha de Poupança e Letra Imobiliária Garantida (-25,7 por cento (retração de 1,778 bilhão de reais) e com desoneração da folha de salários (-11,7 por cento, ou 1,6 bilhão de reais).
Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters
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