segunda-feira, 29 de abril de 2019

Milho: Mercado testa altas na manhã desta 2ª feira em Chicago

As principais posições da commodity testam altas de 3,25 pontos, por volta das 9h16 (horário de Brasília)

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta segunda-feira (29) do lado positivo da tabela. As principais posições da commodity testam altas de 3,25 pontos, por volta das 9h16 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o Julho/19 operava a US$ 3,64 por bushel.
De acordo com a análise de Bryce Knorr da Farm Futures, os preços do milho estão mais altos, ajudando os futuros de maio a se libertarem de sua tendência de baixa para abril. Previsões úmidas e plantio lento estão enviando fundos para as saídas. “Na semana passada, grandes especuladores estenderam sua aposta de baixa no milho para outro recorde de todos os tempos, adicionando 10.597 contratos à sua posição vendida antes de começar a reverter essas posições”, diz Knorr.
Ainda segundo a análise de Bryce Knorr da Farm Futures, negociadores dos Estados Unidos da América e da China iniciam outra rodada de negociações hoje em Pequim, com as discussões mudando para Washington na semana que vem. Embora os principais problemas permaneçam, há potencial para um acordo após mais de um ano da disputa.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:
Clima nos EUA deixa plantio em cheque e milho se valoriza em Chicago nesta 6ª-feira
A semana acaba com valorização para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principias valorizações registraram altas entre 3,50 e 4,00 pontos nessa sexta-feira (26).
O vencimento maio/19 foi cotado à US$ 3,51, o julho/19 valeu US$ 3,61 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,69.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho registraram ganhos de cerca de 1% na sexta-feira em algumas compras técnicas e posições vendidas. Apesar dessa alta no último dia da semana, os preços chegaram a terceira semana consecutiva de quedas, com os futuros de maio caindo mais 1,6% esta semana.
“O milho encerrou a sessão de sexta-feira com ganhos de cerca de 1% em algumas coberturas curtas, em parte estimuladas por temores de que o clima frio e úmido (em média) até o momento nesta primavera causará atrasos moderados no progresso do plantio”, aponta Potter.
A Agência Reuters demonstra que essa tendência ainda deve permanecer pelos próximos dias, uma vez que “os contratos futuros de milho subiram com os comerciantes refletindo perspectivas de chuva e neve, o que poderia atrasar ainda mais o plantio no centro do meio-oeste. Os agricultores que enfrentam atrasos significativos podem ser encorajados a mudar alguns acres destinados ao milho para a soja, que pode ser plantada mais tarde”.
“Uma série de sistemas de tempestades na próxima semana trará mais tempo úmido para os EUA. Espera-se neve neste fim de semana em partes do norte do meio-oeste e das planícies do norte, que também impedirão o plantio de milho e soja”, disse a Maxar Tecnologia em uma nota de tempo diário.
Nos Estados Unidos as ofertas de milho continuam a se manter estáveis na sexta-feira, subindo de 2 a 4 centavos em várias localidades do centro-oeste americano, já que os baixos preços mantiveram as vendas dos produtores relativamente lentas nas últimas semanas.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a desvalorização apareceu somente na praça de São Gabriel do Oeste/MS (1,96% e preço de R$ 25,00).
A XP Investimentos destaca que em Campinas/SP, o indicador da agência encerra a semana com baixa de 4,0% ou R$ 1,43/sc, atualmente com média de R$ 34,39/sc.
A novidade do dia é a divulgação, pela Conab, de um novo leilão de venda dos estoques públicos de milho no Mato Grosso na próxima quinta-feira (2). Este será o 4º leilão de venda da temporada, visto que os três primeiros não atingiram resultado satisfatório (5,4% no 1º, 25,5% no 2º e 29,6% no 3º). De acordo com informantes, uma nova rodada de baixa nos preços deverá acontecer para “destravar” os negócios.
No mercado local, a pressão baixista continua, com boa oferta, tanto de milho tributado quanto diferido, e pouca demanda. Os estoques das Indústrias e Granjas são grandes e permitem a estratégia de adquirir à conta gotas. Ainda assim, quando necessitam repor algo, a preferência é por cargas do Centro-Oeste e de Minas Gerais.
Nos campos, o bom volume de chuvas conduz um desenvolvimento das lavouras de inverno animador e os números finais de safra devem ficar próximos aos maiores da história. O cenário externo é baixista (estoques elevados, superproduções e baixa demanda para rações).

Data de Publicação: 29/04/2019 às 10:50hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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