Publicado em 30/08/2019 15:02
Os gastos do consumidor nos Estados Unidos aumentaram solidamente em julho, com as famílias comprando uma variedade de bens e serviços, o que poderia acalmar ainda mais os temores de uma recessão, mas é improvável que o ritmo de crescimento do consumo seja sustentado em meio a ganhos de renda apenas moderados.
Um relatório do Departamento de Comércio divulgado nesta sexta-feira somou-se aos dados comerciais e de estoques de julho, sugerindo que, embora a economia estivesse desacelerando no mês passado, não foi num ritmo tão acelerado.
Mas os riscos para a maior expansão econômica da história dos EUA estão aumentando, principalmente devido à guerra comercial prolongada entre os Estados Unidos e a China.
O embate comercial entre os dois gigantes econômicos assustou os mercados financeiros e causou uma inversão da curva de juros dos EUA, o que provocou temores de que a expansão econômica, agora em seu 11º ano, esteja em risco de ser encerrada por uma recessão.
O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor --que correspondem a mais de dois terços da atividade econômica dos EUA-- aumentaram 0,6% no mês passado, após elevação não revisada de 0,3% em junho.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores avançariam 0,5% no mês passado.
Os gastos do consumidor estão sendo impulsionados por um forte mercado de trabalho, marcado pela menor taxa de desemprego em quase 50 anos.
Mas com Washington impondo tarifas adicionais sobre produtos chineses a partir de 1º de setembro e em dezembro, há preocupações de que os gastos do consumidor possam sofrer um impacto.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Michigan divulgada nesta sexta-feira mostrou que a confiança do consumidor norte-americano sofreu em agosto a maior queda mensal desde o fim de 2012.
Quanto à inflação, os preços ao consumidor, medidos pelo índice PCE, aumentaram 0,2% em julho, uma vez que uma queda no custo dos alimentos foi compensada por um aumento nos preços de bens e serviços de energia. O PCE havia subido 0,1% em junho.
Nos 12 meses encerrados em julho, o índice de preços PCE aumentou 1,4%, após subir 1,3% em junho.
A economia cresceu a uma taxa anualizada de 2,0% no segundo trimestre, desacelerando em relação ao ritmo de 3,1% de janeiro a março. As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre variam de 1,5% a 2,3%.
Fonte: Reuters
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