Publicado em 30/08/2019 19:19
NOVA YORK (Reuters) - Os índices de Wall Street não tiveram direção comum nesta sexta-feira, à medida que investidores se mantiveram cautelosos antes de um final de semana prolongado no qual uma nova rodada de tarifas dos Estados Unidos sobre importações chinesas deve entrar em vigência.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,14%, a 26.399,65. O S&P 500 ganhou 0,05%, a 2.926,03, enquanto o Nasdaq Composto encerrou a sessão em queda de 0,13%, a 7.962,88.
Aumento dos gastos do consumidor sustenta economia dos EUA
WASHINGTON (Reuters) - Os gastos do consumidor nos Estados Unidos aumentaram solidamente em julho, com as famílias comprando uma variedade de bens e serviços, o que poderia acalmar ainda mais os temores de uma recessão, mas é improvável que o ritmo de crescimento do consumo seja sustentado em meio a ganhos de renda apenas moderados.
Um relatório do Departamento de Comércio divulgado nesta sexta-feira somou-se aos dados comerciais e de estoques de julho, sugerindo que, embora a economia estivesse desacelerando no mês passado, não foi num ritmo tão acelerado.
Mas os riscos para a maior expansão econômica da história dos EUA estão aumentando, principalmente devido à guerra comercial prolongada entre os Estados Unidos e a China.
O embate comercial entre os dois gigantes econômicos assustou os mercados financeiros e causou uma inversão da curva de juros dos EUA, o que provocou temores de que a expansão econômica, agora em seu 11º ano, esteja em risco de ser encerrada por uma recessão.
O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor --que correspondem a mais de dois terços da atividade econômica dos EUA-- aumentaram 0,6% no mês passado, após elevação não revisada de 0,3% em junho.
Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores avançariam 0,5% no mês passado.
Os gastos do consumidor estão sendo impulsionados por um forte mercado de trabalho, marcado pela menor taxa de desemprego em quase 50 anos.
Mas com Washington impondo tarifas adicionais sobre produtos chineses a partir de 1º de setembro e em dezembro, há preocupações de que os gastos do consumidor possam sofrer um impacto.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Michigan divulgada nesta sexta-feira mostrou que a confiança do consumidor norte-americano sofreu em agosto a maior queda mensal desde o fim de 2012.
Quanto à inflação, os preços ao consumidor, medidos pelo índice PCE, aumentaram 0,2% em julho, uma vez que uma queda no custo dos alimentos foi compensada por um aumento nos preços de bens e serviços de energia. O PCE havia subido 0,1% em junho.
Nos 12 meses encerrados em julho, o índice de preços PCE aumentou 1,4%, após subir 1,3% em junho.
A economia cresceu a uma taxa anualizada de 2,0% no segundo trimestre, desacelerando em relação ao ritmo de 3,1% de janeiro a março. As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre variam de 1,5% a 2,3%.
S&P tira rating argentino de default após início de novas condições para pagamento
(Reuters) - A agência de classificação de risco S&P retirou nesta sexta-feira o "default" seletivo que havia atribuído à dívida soberana da Argentina no dia anterior, após o início das novas condições para os títulos de curto prazo, cujos prazos de pagamento haviam sido estendidos unilateralmente pelo governo.
A medida deixa o rating da dívida soberana de longo prazo da Argentina em "CCC-", muito próximo de um default, e o rating de curto prazo em "C".
Um porta-voz do governo argentino havia antecipado que a mudança na classificação seria temporária até a publicação de um novo cronograma para o pagamento das dívidas.
Bolsas da Europa fecham difícil agosto em tom positivo
(Reuters) - As ações europeias atingiram novas máximas em um mês nesta sexta-feira, encerrando um brutal agosto com um tom positivo, já que os investidores ficaram aliviados com a disposição de Estados Unidos e China de voltarem às negociações comerciais.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,73%, a 1.493 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,73%, a 379 pontos, atingindo seu nível mais alto desde 2 de agosto, estendendo os ganhos do dia anterior.
Setores sensíveis às questões tarifárias subiram nesta sessão. O índice que acompanha empresas de commodities teve alta de 2,5%, as montadoras avançaram 1%, e o setor de tecnologia ganhou 0,9%.
"A situação comercial ainda é tensa, mas, enquanto isso, os operadores estão felizes em voltar a comprar nas bolsas", disse David Madden, analista da CMC Markets.
O FTMIB da Itália, índice com melhor desempenho entre os da zona do euro em agosto, por pouco não conseguiu registrar ganho mensal, depois que o Movimento 5 Estrelas surpreendeu seu potencial parceiro de coalizão, o Partido Democrata (PD), com termos difíceis para um acordo.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,32%, a 7.207 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,85%, a 11.939 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,56%, a 5.480 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,35%, a 21.322 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,21%, a 8.812 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,54%, a 4.887 pontos.
Fonte: Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário