quarta-feira, 31 de julho de 2013
31/07/2013 10:10
31/07/2013 10:10
Chicago: mercado de grãos opera agora sem direção
Na manhã desta quarta-feira (31), o mercado internacional de soja opera em campo misto na Bolsa de Chicago. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), os primeiros vencimentos recuavam 0,50 ponto, enquanto os mais distantes registravm ligeiros ganhos, entre 2,75 e 5 pontos
Notícias Agrícolas
O mercado, ao menos no médio e longo prazos, tenta uma recuperação depois da severa queda de ontem, quando o mercado perdeu quase 20 pontos nas principais posições negociadas. Porém, as condições climáticas nos Estados Unidos são bastante favoráveis para o desenvolvimento da nova safra, o que limita um potencial de alta para os preços.
Já o milho opera em queda de pouco mais de 2 pontos para os principais vencimentos, enquanto o contrato setembro/13 registrava um pequeno ganho de 0,25 ponto. O trigo, por sua vez, continuava em alta, porém, com ganhos menos expressivos nesta quarta. Por volta das 8h40, o mercado subia 1,50 ponto nos futuros mais negociados.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
CBOT: Soja fecha o dia com severa queda pressionada pelo clima nos EUA
A soja amargou mais uma sessão negativa na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (30). Os futuros da oleaginosa foram ampliando suas perdas durante o pregão regular e fecharam o dia perdendo entre 17 e 23 pontos nos principais vencimentos. O contrato novembro, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 12,03 por bushel.
As boas condições climáticas nos Estados Unidos foram o principal fator de pressão para os preços. O mercado, segundo analistas, já é totalmente climático nesse momento e sente o impacto negativo das boas expectativas para a nova safra norte-americana.
Nesta segunda (29), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo boletim de acompanhamento de safra sem trazer nenhuma mudança expressiva, mantendo um bom percentual para as lavouras de soja em boas ou excelentes condições.
"Nas condições em que estamos agora, com 63% das lavouras em condições boas ou excelentes, é possível que se chegue a uma certa deterioração sem 'assustar' o nível de produtividade. A média dos últimos 10 a 20 anos é de 59%, ou seja, já estamos 4 pontos acima do normal. E os mapas de clima mostram que durante o mês de agosto não deve haver nenhuma seca que possa afetar a produção total", explica o analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar.
O desenvolvimento da nova temporada dos EUA se encaminha para o seu mês de definição, principalmente no caso da soja, que é o agosto e as previsões indicam que, para esse período, o cenário deverá se manter favorável, estimulando o bom desenvolvimento das plantações.
Assim, um mês que é tradicionalmente de alta para as cotações quando o clima sinaliza alguma adversidade, deverá ser de temperaturas mais amenas e chuvas leves e regulares. "Se os EUA terminam com uma safra boa, teremos uma oferta maior do que potencialmente seria a absorção da demanda no curto prazo", explica o analista de mercado Vinícius Ito, da corretora Jefferies, de Nova York.
Diante disso, na visão de Ito, o novo patamar para os preços da soja para o vencimento novembro/13 é de US$ 10,00 por bushel. No entanto, afirma que os prêmios de risco climático que ele acredita ainda estarem embutidos nos preços não devem ser retirados de uma vez.
"A gente precisa de uma situação mais séria para reverer esse quadro, para ter uma firmeza de novo nos preços. Assim, o mercado vai reduzindo suas posições compradas, e isso está sendo evidenciado pela posição dos fundos (...) eles começam a exibir uma redução mais rápida de suas posições compradas", afirma o analista.
O que poderia provocar uma reação do mercado, segundo Steve Cachia, seria a possibilidade de uma geada precoce prejudicando as lavouras na época da colheita norte-americana. Caso isso não aconteça, porém, o analista também aposta em uma continuidade das baixas para a soja.
"Para vermos alguma surpresa altista só mesmo algum susto, alguma especulação sobre o clima. Tradicionalmente, agosto é um mês mais quente nos Estados Unidos, de menos chuvas, mas os mapas indicam temperaturas normais e chuvas normais. No entanto, há aquela questão da possibilidade das geadas precoces e esse é um fator que possa fazer com que o mercado se agite um pouco mais", explica.
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