segunda-feira, 3 de março de 2014

Perdas na soja após estiagem podem ficar abaixo do esperado em MG e GO

Perdas na soja após estiagem podem ficar abaixo do esperado em MG e GO 03/03/14 - 20:41 Pragas e falta de chuvas regulares devem causar prejuízos em algumas regiões, mas boa parte das lavouras evitou as previsões mais pessimistas A falta de chuvas regulares, seguida do ataque de pragas, foram os principais motivos da já esperada redução do potencial produtivo das lavouras de soja e milho de verão nos estados de Goiás e Minas Gerais. Plantações de ambas as regiões, visitadas na última semana pela equipe da Expedição Safra Gazeta do Povo, sofreram com a estiagem, mas o volume total de perdas pode não ser tão grande quanto se imaginava no início do mês. O panorama é um pouco mais preocupante nas fazendas goianas. Estimativas iniciais da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) indicam que ao menos 1 milhão de toneladas de soja tenham sido perdidos para a seca. Apesar disso, produtores ainda não conseguem fazer uma estimativa precisa a respeito do prejuízo. “Tanto em Minas quanto em Goiás, as perdas variam muito conforme a região”, explica a analista de mercado Ana Luiza Lodi, da consultoria FCStone, que acompanhou o roteiro da Expedição Safra. “Em geral, a ausência de chuvas regulares foi realmente o fator determinante: locais onde a estiagem foi mais rigorosa tiveram mais problemas”, avalia. Na região de Uberlândia (MG), por exemplo, boa parte dos agricultores visitados se mostrou otimista, apesar das condições adversas do tempo e ataques de pragas. “Já havia expectativa de perdas, mas alguns produtores rurais se mostraram positivamente surpresos”, pondera Ana Luiza. No estado mineiro, a soja vem ganhando espaço do milho em termos de área cultivada. De acordo com o Instituto Emater-MG, a área destinada à oleaginosa em 23 municípios subiu de 300 mil hectares na safra passada para 315 mil hectares em 2013/14. No mesmo período, o milho caiu de 112,9 mil hectares para 103,9 mil hectares. As pragas também pesaram no desempenho das lavouras, mas foram um fator secundário. O ataque das lagartas Helicoverpa armigera e Pseudoplusia includens (a chamada Falsa medideira), em si, não causou tanto prejuízo quanto a preocupação que se criou em torno dos insetos: o custo para controle da lagarta se mostrou elevado, e os agricultores reivindicam às autoridades a liberação do uso de alguns defensivos ainda não permitidos. Embora a estiagem tenha comprometido uma parcela da produção, a colheita na última semana tem sido atrapalhada justamente pelas chuvas. Em Goiás, principalmente, as precipitações recentes em excesso vêm criando dificuldades aos agricultores de algumas regiões. Agrolink com informações de assessoria

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