Ampa alerta para novo período do vazio sanitário do algodoeiro em Mato Grosso
15/08/16 - 15:29
Entre os principais pontos de mudanças está a divisão das áreas do Estado
A colheita do algodão em Mato Grosso já se encaminha para o fim, atingindo mais da metade do total da área plantada - e, com ele, o vazio sanitário se aproxima, isto é, o período em que não pode haver plantas do algodoeiro nas propriedades rurais. Para regulamentar esse período, uma nova legislação está em vigor: a Instrução Normativa Conjunta Sedec/Indea-MT nº 001/2016.
Entre os principais pontos de mudanças está a divisão das áreas do Estado. São considerados como Região 1 os Núcleos Sul, Centro e Centro Leste, e Região 2 os Núcleos Noroeste, Médio-Norte e Norte. Para cada local fixaram-se novos períodos para o vazio sanitário: no primeiro ocorrerá de 1º de outubro a 30 de novembro, enquanto que no segundo, o período começa em 15 de outubro e segue até 14 de dezembro.
Também houve alteração do alvo da fiscalização, que passou de planta “viva” para "planta com risco fitossanitário”. Nesta última classificação são consideradas tigueras do algodoeiro acima do estádio V3 (até que a nervura central da quarta folha atinja 2,5 cm) e plantas rebrotadas com mais de quatro folhas por broto ou presença de estruturas reprodutivas.
A IN entrou em vigor em maio deste ano e estabelece alterações nos procedimentos de fiscalização da eliminação dos restos culturais (soqueira) e tigueras durante o período do vazio sanitário, cujo objetivo é quebrar o ciclo de doenças e pragas como o bicudo-do-algodoeiro, considerado praga-chave da cotonicultura brasileira. Para garantir a continuação da cotonicultura em Mato Grosso, o respeito ao período de vazio sanitário é imprescindível, uma vez que o algodoeiro é uma espécie perene, que tende a continuar a se desenvolver mesmo após a colheita.
“A eliminação dos restos culturais do algodoeiro, também conhecida como destruição da soqueira, é recomendada como medida profilática para reduzir a população de pragas e doenças que se desenvolvem nas plantas rebrotadas”, dizem os autores da Circular Técnica, desenvolvida pelo Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) para ajudar produtores e seus colaboradores a compreenderem os principais pontos da nova regulamentação.
Outras questões como o prazo de 15 dias após o início da colheita para que seja iniciada a destruição dos restos culturais, as regras para o transporte de produtos algodoeiros e penalizações também são abordadas na Circular Técnica, que será distribuída pelos assessores técnicos regionais (ATRs) aos produtores associados à Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão) e seus colaboradores. Produzida em julho/2016, a publicação também poderá ser consultada nos sites da Ampa e IMAmt.
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