segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Mato Grosso lidera entregas de fertilizantes no país 29/08/2016 08:53




As entregas de fertilizantes aos produtores rurais brasileiros encerraram o mês de julho com recorde de 3,34 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram entregues 3,25 milhões de toneladas. Considerando os sete meses do ano, a elevação foi de 10,4%, alcançando um total de 16,52 milhões toneladas, um novo recorde para o período, motivado pela forte antecipação de compras devido a relação de trocas favoráveis para a maioria das culturas, contra 14,97 milhões de toneladas no período janeiro-julho de 2015.
Os dados foram divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), que organizou recentemente o 6º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, onde foi discutido o papel dos fertilizantes na competitividade, entre outros assuntos. Mato Grosso foi o líder absoluto nas entregas ao consumidor final, ao concentrar o maior volume no período analisado, atingindo 3,68 milhões de toneladas, seguido do Paraná, com 2,28 milhões de toneladas; São Paulo, com 1,83 milhões de toneladas; Rio Grande do Sul, com 1,68 milhões de toneladas; e Goiás, com 1,64 milhões de toneladas.
A produção nacional de fertilizantes intermediários no acumulado de janeiro a julho de 2016 alcançou 5,06 milhões de toneladas, contra 5,15 milhões de toneladas do mesmo período de 2015, representando uma diminuição de 1,7%. De acordo o com engenheiro agrônomo da Empaer, Henrique Teodoro de Melo, é fundamental para quem vai cuidar de uma planta conhecer os principais tipos de adubos para poder saber qual é o ideal para seu cultivo, isso porque culturas com excesso ou falta de nutrientes no solo ficam fragilizadas. Sendo que a fertilização pode ser feita de diferentes formas, podendo se aplicado o adubo direto ao solo, tendo assim uma absorção lenta, misturado a água de rega, para mais fácil aplicação no solo de alguns elementos que vierem a faltar, ou pulverizado nas folhas da planta.
O total de nutrientes (NPK) entregues também apresentou aumento da ordem de 9,4% no mês de julho, alcançando 7,03 milhões de toneladas. De janeiro a julho, as entregas de fertilizantes nitrogenados apresentaram alta de 10,6% nos sete meses de 2016, atingindo 2,06 milhões de toneladas, contra 1,86 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado, em função do aumento da demanda para milho, café e cana-de-açúcar.
Os fertilizantes fosfatados apresentaram alta de 7,2% nas entregas do período de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2015, alcançando 2,29 milhões de toneladas, contra 2,14 milhões de toneladas de 2015, pela maior intensidade nas entregas para a cultura da soja e milho da safra de verão 2016/2017, com ênfase no último bimestre. Nos fertilizantes potássicos foi registrada uma alta de 10,5%, passando de 2,41 milhões de toneladas em 2015, para 2,67 milhões de toneladas neste ano.
Durante o congresso também foi possível conhecer uma iniciativa para informar a população sobre a relevância de fertilizantes (o alimento das plantas), para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar. Foi lançado também o braço nacional da iniciativa Nutrients For Life, que já colhe importantes frutos em outros países, como Estados Unidos, onde nasceu, Canadá, México e Colômbia. A Nutrientes Para Vida (NPV) possui Visão, Missão e Valores análogos à coirmã americana. Almeja esclarecer e informar a sociedade, sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.
De acordo com Luís Ignácio Prochnow, diretor-geral do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas do Brasil (IPNI) e coordenador técnico da NPV, todo ser vivo necessita de nutrientes para o seu desenvolvimento. Eles são incorporados ao seu metabolismo para manter o ciclo vital. Portanto, as plantas também precisam de nutrientes e é justamente nos fertilizantes que eles se encontram.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Gazeta Digital (foto: assessoria/arquivo)

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