sexta-feira, 29 de março de 2019

Dados do USDA derrubam cotações do milho em Chicago nessa sexta-feira



Publicado em 29/03/2019 17:15 e atualizado em 29/03/2019 17:45


A semana chega ao final com os preços internacionais do milho futuro mostrando grandes quedas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam desvalorizações entre 13,5 e 17,5 pontos nessa sexta-feira (29).
O vencimento maio/19 foi cotado a US$ 3,56, o julho/19 valeu US$ 3,66 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,75. Na semana, os futuros de maio caíram 5,8%.
Essa derruba nas cotações em Chicago aconteceu após a divulgação dos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nessa sexta-feira que apontaram aumento no estoque de milho e projeção de mais área plantada com o cereal para a próxima safra americana.
O USDA apontou que os estoques de milho estão na casa dos 218,45 milhões de toneladas, após as expectativas apontarem de 211,75 milhões de toneladas. Apesar do aumento, os estoques deste ano são 3% menores do que no mesmo período do ano passado, quando eram 225,87 milhões de toneladas.
Outra estimativa do departamento, baseada em uma pesquisa feita junto a produtores, é de que sejam cultivados 37,56 milhões de hectares com o cereal nesta nova safra americana, 4% a mais do que no ano anterior. Ainda de acordo com o USDA, o levantamento mostra que a área deve aumentar ou se manter estáveis em 34 dos 48 estados.

Conforme destacado pela Agência Reuters, apesar de fortes inundações nos principais estados agrícolas, incluindo os principais produtores Iowa e Nebraska, provavelmente mudarem as plantações dos agricultores nas próximas semanas, a perspectiva do USDA serviu como um lembrete austero dos mercados de grãos com excesso de oferta.
"É impressionante, em questão de segundos, o que um relatório de estoques e área plantada pode fazer para eliminar três semanas de um mercado altista em milho", disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.
Essa foi a maior queda a maior queda do mercado em quase três anos. "Nos próximos três meses, eu não ficaria surpreso se vermos um mercado de baixa em todas essas três commodities, a menos que um problema climático se desenvolva", disse Reilly à Reuters.
Confira mais informações sobre os relatórios do USDA desta sexta-feira:
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a valorização apareceu somente na praça do Oeste da Bahia (0,69% e preço de R$ 40,39), Dourados/MS (1,59% e preço de R$ 32,00), Londrina/PR (1,79% e preço de R$ 28,50) e Campinas/SP (2,51% e preço de R$ 40,39).
De acordo com a Radar Investimentos, a semana terminou menos ofertada de milho no mercado físico quando comparada com os primeiros dias. De maneira geral, os participantes tem expectativa de oferta mais confortável nos próximos meses.
A Agrifatto Consultoria apontou também que, após um dia de boa liquidez, tanto a ponta compradora quanto a vendedora saíram dos negócios para estudar as referências dos próximos dias. Uma vez que as colheitas das lavouras do Sudeste apresentam boa evolução, assim como os plantios de inverno no Sul e Centro-Oeste, as atenções do final de semana estarão voltadas para o presidente do Brasil e para os dados de plantio norte americano.
Após mensagem apaziguadoras a respeito de uma possível greve dos caminhoneiros e do “lançamento do cartão caminhoneiro”, Bolsonaro irá a Israel em uma visita que pode, novamente, trazer volatilidade ao mercado nacional de moedas e commodities. 
Confira como ficaram as cotações nessa sexta-feira:
>> MILHO
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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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