quinta-feira, 28 de março de 2019

Mercados mais comportados testando 'redução de danos' entre Planalto e Congresso



Publicado em 28/03/2019 11:09



A tensão prevalece nos mercados financeiros, mas passou a permear o sentimento de que a fervura entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Mais (DEM-RJ), chegou a seu ponto máximo e que a inflexão poderá ser rompida. O dólar testou mais de R$ 4,00 na abertura dos negócios nesta quinta (28), mas recuou e oscila moderadamente, inclusive com janela para os compradores de ontem recuperarem recursos vendendo hoje.
Ao redor das 11h25 subia levemente em 0,28% sobre o real, cotado a R$ 3,957, após fechar em mais 2,27% na quarta.
E mesmo sem notícias fortes que alteram o quadro preocupante sobre a economia global, o Ibovespa também andava mais comportado no positivo, em torno de 1%, depois de fechar em forte baixa de mais de 3% na véspera. O Ibovespa Futuro avança mais forte, acima dos 2%. 
De modo geral, apesar de novos disparos entre Bolsonaro e Maia ao final da tarde ontem a respeito da agenda da Previdência na Câmara, além da fala de Paulo Guedes, da Fazenda, no Senado, deixando uma 'porta de saída' do governo caso as reformas não evoluam, os agentes financeiros vão sentir as chances de redução de danos de todas as partes.
A necessidade de reforma da Previdência, afinal, está no foco de todos, e quanto menos desidratado melhor, mais agora que o teto das contas públicas pode estourar depois que a PEC das emendas parlamentares no Orçamento da União foi aprovada.


Exterior
No âmbito das negociações EUA-China, veio a notícia de que Pequim estaria oferecendo um acordo "sem precedentes" em propriedade intelectual, o que poderia gerar mais boa vontade dos dois lados na nova rodada de reuniões que começaram nesta quinta.
Dos Estados Unidos, o PIB do quarto trimestre veio em mais 2,2% quando se esperava 2,4%, perda muito marginal.
Enquanto isso, o presidente Donald Trump voltou à pressão sobre os países produtores de petróleo, reunidos na Opep, pedindo fim do corte de produção e segurar a alta dos preços dos combustíveis, naturalmente pesando menos na atividade econômica global.
Os índice futuros nos EUA estão em alta, tanto como o dólar na comparação com outras seis moedas fortes, o petróleo em Londres, que fechou em baixa ontem, vai menor em mais de 1%.


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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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