Publicado em 24/05/2019 18:40 e atualizado em 24/05/2019 19:21
NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street tiveram altas moderadas nesta sexta-feira, após quedas sessão anterior, depois de comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as tensões comerciais com a China acalmarem alguns investidores.
Trump disse na véspera que vê uma solução para a guerra comercial com a China "acontecendo rápido". Ele acrescentou que a empresa chinesa de telecomunicações Huawei, colocada na lista negra da Casa Branca, poderia também ser incluída em um acordo.
Ainda assim, Trump classificou a Huawei como "muito perigosa".
Não foram agendadas novas conversas de alto escalão entre os dois países desde o término da última rodada de negociações, há duas semanas.
Apesar disso, os comentários de Trump foram suficientes para sustentar leves altas nos mercados acionários dos EUA, numa sessão fraco volume de negócios e antes de um feriado prolongado.
O giro desta sexta-feira foi o menor do ano para um pregão completo. Os mercados norte-americanos permanecerão fechados na próxima segunda-feira pelo feriado do Memorial Day.
"Existem algumas histórias positivas aqui e ali", disse o diretor-geral e gestor da Amundi Pioneer Asset Management, John Carey. "Com um baixo volume de negócios, não precisa de muito para os preços oscilarem."
O índice Dow Jones subiu 0,37%, a 25.586 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,135353%, a 2.826 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composto avançou 0,11%, a 7.637 pontos.
Na semana, o Dow Jones caiu 0,68%, o S&P 500 teve baixa de 1,16%, e o Nasdaq recuou 2,29%. O Dow caiu pela sexta semana consecutiva, mais longa sequência de perdas em oito anos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram suas primeiras séries de três quedas em 2019.
China acusa oficiais dos EUA de mentir para o público sobre guerra comercial
(Reuters) - A China acusou nesta sexta-feira oficiais norte-americanos de mentirem para o público sobre a guerra comercial iniciada por Washington, em um momento em que as tensões entre as duas maiores economias do mundo mantêm os mercados financeiros em estado de apreensão.
As negociações para encerrar a disputa comercial entraram em colapso no início deste mês, com os dois lados em um impasse sobre as exigências dos EUA de que a China mude suas políticas para lidar com uma série de reclamações, incluindo roubo de propriedade intelectual e subsídios para empresas estatais.
Washington impôs tarifas mais elevadas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, o que levou Pequim a retaliar e efetivamente proibir empresas norte-americanas de fazer negócios com a Huawei, que é a maior fabricante de equipamentos para redes de telecomunicações do mundo.
"Domesticamente, nos Estados Unidos, há cada vez mais dúvidas sobre a guerra comercial que os EUA provocaram com a China, a turbulência causada pela guerra tecnológica e a cooperação industrial", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang.
Autoridades norte-americanas "fabricam mentiras para tentar enganar o povo americano, e agora estão tentando incitar a oposição ideológica", disse ele, quando questionado sobre as recentes críticas do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à Huawei.
Em uma entrevista à CNBC na quinta-feira, Pompeo disse que a Huawei estava conectada ao governo chinês, descartando as afirmações do presidente-executivo da Huawei, Ren Zhengfei, de que sua empresa nunca compartilhará segredos de usuários.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que suas reclamações contra a Huawei podem ser resolvidas no âmbito de um acordo comercial entre EUA e China, enquanto, ao mesmo tempo, chama a empresa chinesa de "muito perigosa".
Sem mais conversas agendadas entre Washington e Pequim, os investidores estão nervosamente de olho na perspectiva de uma escalada nas tarifas que os dois países impuseram aos produtos uns dos outros.
Fonte: Reuters
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