Publicado em 23/05/2019 14:47 e atualizado em 23/05/2019 17:09
Com baixa demanda interna dando folga às indústrias, aqueles que conseguem manobrar as vendas contagiam o mercado
As vendas da safra de boi que foram mais aceleradas na primeira metade de maio, aumentando a folga dos frigoríficos, ficaram mais cadenciadas neste período, em paralelo à demanda chinesa. E a @ manteve relativa estabilidade à espera da renovação do rumo de baixa com o outono entrando mais adentro.
Os animais estão nas mãos daqueles que conseguem segurar mais, por capacidade de suplementação ou confinamento, boa cobertura de capim em áreas nas quais as chuvas foram mais regulares e mais aprazadas ou por razões financeiras. Diante da baixa necessidade dos frigoríficos, conseguem manobrar mais o escoamento e evitar a pressão.
A colaboração das exportações à China em alta ajuda a segurar o viés de baixa que vinha desde abril. Como não é apenas do 'boi China' (30 meses, até quatro dentes), com premiação, que as exportações para lá vivem, a freada se espalha.
De ontem para esta quinta (23), a Radar Investimento notou redução de 0,50% no boi à vista paulista, com negócios em R$ 152,25. Mas segue na margem de estabilidade.
Iguais, dia contra a dia, ficaram as cotações em São Paulo levantadas por Scot e Agrifatto, respectivamente R$ 154 (cash) / R$ 156 (30 dias); R$ 154,23 / R$ 154,83. Para a Agrifatto, no acumulado da semana de 16 a 23, o recuo chegou a pouco mais de 0,90%.
As consultorias enxergaram preços imóveis em vários estados importantes. Apenas com ligeiro declínio, nesta quinta, em Goiás, onde na região de Goiânia o mercado negociou a média de R$ 137/R$ 139, também à vista, R$ 1 a menos que na região Sul do estado, segundo dados da Scot, onde a oferta é maior.
O corte nessa situação pode começar a ocorrer a partir da semana que vem em várias localidades, com as quedas nas temperaturas, fazendo mais bois chegarem às praças saindo dos pastos mais secos.
E as ofertas podem crescer para cima dos níveis ainda bastante confortáveis das programações dos frigoríficos: 8,1 dias úteis em SP e 7,8 no Mato Grosso do Sul, segundo a Agrifatto.
Na Radar, a média das escalas, em SP, está em 4,3 dias úteis.
Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas
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