sexta-feira, 24 de maio de 2019

Café arábica recua nesta 6ª feira em NY com tempo no Brasil e oferta



Publicado em 24/05/2019 17:46


As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta sexta-feira (24) com leve baixa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado voltou a repercutir as percepções de ampla oferta e o tempo no Brasil. Na semana, houve alta acumulada de 4,83%.
Os lotes com vencimento para julho/19 tiveram queda de 20 pontos, a 93,30 cents/lb e o setembro/19 caiu 20 pontos, a 95,60 cents/lb. O dezembro/19 fechou o dia com perdas de 20 pontos, a 99,10 cents/lb e o março/20 registrou 102,55 cents/lb e 20 pontos negativos.
"Os preços do café nesta sexta-feira reverteram alta e fecharam em baixa após previsões meteorológicas mostrarem condições mais secas em áreas produtoras de café do Brasil a partir de 29 de maio", destacou o site internacional Barchart.
Segundo previsões do Inmet (Instituto Nacional de meteorologia), chuvas isoladas podem ocorrer sobre áreas do estado de Minas Gerais até sábado (25), mas depois uma condição mais firme é vista. No entanto, o frio deve ser intenso nos próximos dias no estado.
"As previsões apontam que vai ficar frio, mas que o café não está ameaçado, embora alguns acreditem em geadas", disse em informativo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, ressaltando que o mercado deve seguir atento ao clima.

Movimentações técnicas passaram a ser vistas na véspera com informações de que a chuva e o frio previsto para os próximos dias poderiam impactar a safra 2019/20 do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. Porém, a tendência para os próximos dias é de tempo mais firme.
Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita do café no Brasil atingia 16% até o dia 21 de maio. O número representa um avanço de seis pontos percentuais de uma semana para a outra, mas está mais adiantado que em 2018, apesar das chuvas recentes.
Outro fator de pressão foi um adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) revelou que a safra 2019/20 do Brasil poderia alcançar 59,3 milhões de sacas de 60 kg. Números acima dos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A produção de café arábica na temporada pode apresentar baixa de 15%, para 41 milhões de sacas, enquanto que a safra de robusta deve totalizar 18,3 milhões de sacas, com um avanço de 1,7 milhão de sacas.

Mercado interno

As recentes altas na Bolsa de Nova York, com alta acumulada de quase 5% na semana, favoreceram ganhos nos preços do café pelas praças de comercialização do Brasil. Com isso, mais negócios passaram a ser vistos.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), esse cenário se aliou com a necessidade de produtores em fazer caixa para realização da colheita e negócios ocorreram tanto no spot quanto para entrega futura (em 2020 e 2021).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 433,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Calda (MG) com baixa de 0,69% e saca a R$ 429,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 400,00 e alta de 1,27%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 405,00 – estável. A maior variação dentre as praças no dia ocorreu em Araguari (MG) (R$ 380,00 / +1,28%), Franca (SP) (R$ 395,00 / +1,28%) e Média Rio Grande do Sul (R$ 395,00 / +1,28%).
Na quinta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 391,64 e alta de 0,282%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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