Publicado em 02/08/2019 16:44 e atualizado em 02/08/2019 18:07
A agência estatal chinesa Xinhua divulga alerta mundial em consequencia do aumento de tarifas (10%) determinadas ontem pelo presidente Donald Trump sobre as exportações chinesas. A China pretende revidar e as consequencias serão gravissimas, disse o porta-voz chines
China se opõe firmemente à ameaça tarifária dos EUA e promete medidas defensivas, diz Xinhua
Beijing, 2 ago (Xinhua) -- A China se opõe firmemente ao plano dos Estados Unidos de imposição de tarifas adicionais de 10% sobre as importações chinesas no valor de US$ 300 bilhões, e será obrigada a tomar as necessárias medidas defensivas para proteger seus interesses, declarou nesta sexta-feira o Ministério do Comércio chinês.
A medida dos EUA violou severamente o consenso atingido pelos líderes de Estado dos dois países em Osaka, desviou-se do caminho correto e não ajudou a resolver o problema. A China está extremamente insatisfeita com o plano e se opõe firmemente ao mesmo, disse um porta-voz da pasta.
Se o plano dos EUA entrar em vigor, a China terá que tomar as devidas medidas defensivas para defender firmemente seus interesses nacionais essenciais e os interesses fundamentais de seu povo. O lado dos EUA terá que arcar com todas as consequências, de acordo com o porta-voz.
O porta-voz disse que a medida norte-americana de intensificar as disputas comerciais e impor tarifas adicionais não está de acordo com os interesses dos povos de ambos os países e do mundo, e terá uma influência recessiva sobre a economia global.
A China sempre acreditou que em uma guerra comercial, nunca há vencedores. "A China não pretende entrar em uma guerra comercial, mas não tem medo se tiver que lutar em uma. A China resistirá se for necessário", advertiu o porta-voz.
A China espera que os EUA corrijam seus erros de forma oportuna, resolvam o problema com base na igualdade e respeito mútuo, e retornem ao caminho correto, acrescentou.
Embaixador da China na ONU diz que Pequim está pronto para brigar com EUA sobre comércio (Reuters)
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O novo embaixador da China junto à Organização das Nações Unidas, Zhang Jun, disse nesta sexta-feira que, se os Estados Unidos quiserem brigar com a China sobre comércio, "então brigaremos" e alertou que Pequim está preparado para adotar medidas de retaliação contra novas tarifas norte-americanas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu na quinta-feira aplicar uma tarifa adicional de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir do mês que vem, escalando acentuadamente uma disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Zhang descreveu a medida de Trump como um "ato irresponsável e irracional" e fez um apelo para que os EUA "voltem ao percurso correto".
"A posição da China é muito clara de que, se os EUA desejarem conversar, então conversaremos, se eles quiserem brigar, então brigaremos", disse Zhang. "Nós definitivamente adotaremos quaisquer contramedidas necessárias para proteger nosso direito fundamental, e também apelamos para que os EUA voltem ao percurso correto para achar a solução certa da maneira certa."
Zhang serviu como ministro-assistente de Relações Exteriores em Pequim antes de assumir o cargo como embaixador junto à ONU nesta semana. Ele falou a um pequeno grupo de repórteres na sede da ONU.
Mercado acionário chinês fecha em queda (Xinhua)
Beijing, 2 ago (Xinhua) -- O mercado acionário chinês fechou nesta sexta-feira em queda, com o indicador referencial, o Índice Composto de Shanghai, caindo 1,41% e fechando em 2.867,84 unidades.
O Índice de Componentes de Shenzhen baixou 1,42% encerrando o pregão em 9.136,46 unidades.
Ameaça tarifária de Trump pressiona índices europeus para pior dia em 7 meses
(Reuters) - Uma queda nas ações de montadoras, mineradoras e fabricantes de chips pressionou os índices acionários europeus para a maior perda em mais de sete meses nesta sexta-feira, depois que o anúncio de novas tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses gerou temores de um novo impacto sobre o crescimento global.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 2,47%, a 1.489 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 2,46%, a 378 pontos, registrando seu menor valor em seis semanas.
O índice alemão DAX, sensível ao comércio, recuou 3,1% enquanto as perdas nos fabricantes de produtos de luxo, que têm uma grande parte de suas receitas da China, pressionando o francês CAC 40 para uma queda de 3,6%.
Encerrando abruptamente uma trégua comercial temporária entre os dois países, Trump disse que vai impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares em exportações chinesas para os EUA a partir de 1 de setembro, com Pequim alertando uma retaliação.
"Quando a economia global parece estar bastante dependente do resultado das negociações comerciais, isso quase necessariamente significa que os mercados estão bastante voláteis à medida que as negociações avançam", disse Bert Colijn, economista sênior da zona do euro no ING. "É resultado do fato de que a política tomou o centro das atenções para a perspectiva macro."
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 2,34%, a 7.407 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 3,11%, a 11.872 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 3,57%, a 5.359 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,41%, a 21.046 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,56%, a 8.897 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,19%, a 4.903 pontos.
Japonesa Marubeni diz que negócio agrícola nos EUA já foi afetado por guerra comercial com China
TÓQUIO (Reuters) - A guerra comercial entre Estados Unidos e China pressionou os lucros da Marubeni no setor agrícola norte-americano, mas a empresa japonesa não planeja alterar sua estratégia nos EUA, disse nesta sexta-feira um importante executivo da companhia.
As operações agrícolas da Marubeni nos EUA, que incluem a Gavilon, também foram afetadas pelo mau tempo no país, afirmou em uma coletiva de imprensa o diretor financeiro da companhia, Nobuhiro Yabe.
A decisão recente de sua unidade Columbia Grain Trading (CGTI) de interromper todas as novas vendas de soja à China representa pouco impacto para os lucros totais da Marubeni, já que as receitas da CGTI já haviam sido prejudicadas pelo comércio mais lento devido à disputa entre EUA e China, disse Yabe.
A Marubeni atualmente não tem planos de fechar ou vender a CGTI, mas a unidade poderia eventualmente ser liquidada, acrescentou ele.
No segundo trimestre, o lucro líquido da Marubeni recuou 25%, para 65,17 bilhões de ienes (609,7 milhões de dólares), mas a empresa manteve sua projeção para o lucro do ano completo em 240 bilhões de ienes, em linha com a média de estimativas compiladas pelo Refinitiv, de 244,7 bilhões de ienes.
Ganhos maiores no setor de metais, impulsionados por maiores preços do minério de ferro, foram compensados por lucros menores nos negócios agrícolas e químicos, assim como por perdas por impairment de cerca de 9 bilhões de ienes em um projeto de óleo e gás em desenvolvimento nos EUA.
"A guerra comercial reduziu o fluxo de grãos dos EUA para a China, o que diminuiu a taxa de utilização da capacidade de nossos terminais de exportação", disse Yabe.
"Como impacto indireto da disputa comercial, os preços das commodities, incluindo recursos naturais, foram prejudicados, com exceção do minério de ferro e do carvão, por conta da menor demanda chinesa ou por ajustes de posições de investidores com base nas expectativas de que a demanda global vá se enfraquecer", afirmou o executivo.
Leia também (assista aos vídeos):
Fonte: Xinhua (estatal chinesa)/Reuters
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