sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Milho: Cotações encerram 6ªfeira com alta em Chicago, mas se desvalorizam no acumulado da semana



Publicado em 02/08/2019 17:07


A sexta-feira (02) chegou ao fim com os preços internacionais do milho futuro valorizados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 6,75 e 7,25 pontos.
O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 3,99 com alta de 6,75 pontos, o dezembro/19 valeu US$ 4,09 com elevação de 7,00 pontos, o março/20 foi negociado por US$ 4,20 com valorização de 7,25 pontos e o maio/20 teve valor de US$ 4,26 com ganhos de 6,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,79% para o setembro/19, 1,74% no dezembro/19, 1,69% para o março/20 e de 1,67% para o maio/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (26), os futuros do milho registraram desvalorizações de 0,25% no contrato setembro/19,1,21% no dezembro/19 e 3,23%, na comparação dos últimos sete dias.
Segundo informações da Agência Reuters, os preços do milho foram levemente mais altos, impulsionados pela compra de pechinchas, depois de ter estabelecido as maiores baixas de várias semanas na última quinta-feira.

“O mercado está apenas procurando um meio-termo antes que o Departamento de Agricultura dos EUA divulgue seu relatório de safra atualizado”, disse Bill Gentry, diretor administrativo de consultoria de agricultura da Risk Management Commodities, referindo-se ao relatório esperado em 12 de agosto.
Essa tendência de alta deve permanecer nas cotações para os próximos dias. É isso que indica a analisa do Marcos Araújo, analista da Agrinvest, que projeta os preços altos na esteira de uma redução na produção do cereal americano. “Acreditamos em uma redução significativa da produção americana com relação as estimativas iniciais, com potencial de quebra de 60 milhões de toneladas, o que deve dar uma sustentação do viés de alta para o milho daqui para frente”.
De acordo com a Reuters, “a previsão do tempo para o Meio-Oeste dos EUA tem temperaturas mais baixas que as habituais para o fim de semana, mas ainda pode ser insuficiente para ajudar as plantações tardias recentemente prejudicadas pelo calor”, aponta Barbara Smith da Reuters Chicago.
“Não temos mais dias de calendário suficientes para esta cultura amadurecer e não é difícil encontrar culturas que estão em mau estado”, disse Gentry.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única valorização registrada aconteceu em Assis/SP (1,67% e preço de R$ 30,50).
Já as desvalorizações foram percebidas apenas nas praças de Brasília/DF (1,67% e preço de R$ 29,50), Dourados/MS (1,69% e preço de R$ 29,00) e Campinas/SP (3,88% e preço de R$ 36,45).
Confira como ficaram as cotações nesta sexta-feira:
>> MILHO
Ainda nesta sexta-feira, o analista da Agrinvest, Marcos Araújo, concedeu entrevista ao Notícias Agrícolas e relatou que “a expectativa é que tenhamos uma escassez de milho no Brasil entre janeiro e abril de 2020, mas os preços altos devem incentivar uma recuperação de área plantada com milho globalmente, não só aqui no Brasil. Então, para o segundo semestre de 2020, se tivermos o clima normal, é bem possível que tenhamos uma forte recuperação dos estoques de milho aqui no Brasil e preços baixos a partir de junho de 2020”.
Diante desse cenário, Araújo destaca que “o produtor tem que tomar muito cuidado, o importante é capitalizar. Se ele tiver condições, guardar esse milho para vender entre janeiro e abril de 2020”.
Na última quinta-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que apontou o mês de julho como o recordista histórico para exportação de milho brasileiro.
Segundo o levantamento, as exportações de milho em grão atingiram a média de 274,6 mil toneladas por dia útil até o final do mês, totalizando 6,317 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, a média diária foi 53,2 mil toneladas. Em termos financeiros, as exportações do grão em julho de 2019 somam 1,126 milhões de dólares.
Veja mais informações sobre o relatório de exportações:
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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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