Safra de inverno puxa produção total para baixo e impactos da pandemia sobre o consumo preocupam
As perspectivas para a produtividade brasileira do milho 'safrinha' no ciclo 2019/20 apresentam um cenário um pouco mais negativo ao desenvolvimento do cereal, com registros de um clima mais seco e chuvas irregulares em abril. Em sua revisão de maio, a INTL FCStone divulgou corte de pouco mais de 1,3 milhão de toneladas para a produção do segundo ciclo, agora em 72,6 milhões de toneladas.
Com essa queda, a produtividade média esperada para o Brasil passou de 5,58 para 5,43 toneladas por hectare. "Se confirmado, esse nível de produção nacional para a safrinha ainda é muito grande, mas o clima em maio também vai ter papel central em garantir esse resultado em várias regiões do país", pondera a analista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
Em relação à safra de verão, novas avaliações da INTL FCStone apontam uma produção ligeiramente maior, atingindo 26,2 milhões de toneladas, aumento de 0,7% em relação à projeção de abril. "Apesar do crescimento da produção, a produtividade média nacional recuou para 6,18 toneladas por hectare, mas foi compensada pela leve revisão para cima na área plantada", publicou a consultoria, em relatório.
Considerando os ajustes nas estimativas para a primeira e a segunda safras e o número de 1,16 milhão de toneladas apontado pela Conab para a terceira safra, a INTL FCStone considera produção total brasileira em 99,93 milhões de toneladas, recuo de 1,16% em relação ao divulgado no mês passado.
Em relação ao balanço de oferta e demanda, diante dos impactos da pandemia do Coronavírus sobre o consumo de carnes e o uso de milho para etanol, o consumo doméstico do cereal é estimado em 68,5 milhões de toneladas, um corte frente ao número anterior de 70 milhões de toneladas, mas que ainda representa um crescimento de 5% em relação ao volume do ciclo 2018/19.
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