segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mercado físico do milho se movimenta bastante nesta segunda-feira

Publicado em 04/05/2020 16:52


Chicago cai com tensão entre EUA e China
A semana começou agitada para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações nas praças de Palma Sola/SC (1,23% e preço de R$ 40,00), Rio do Sul/SC (2,38% e preço de R$ 41,00), Cascavel/PR (2,63% e preço de R$ 37,00), Sorriso/MT disponível (3,33% e preço de R$ 29,00), Luís Eduardo Magalhães/BA (3,66% e preço de R$ 39,50) e Ponta Grossa/PR (4,44% e preço de R$ 43,00).
Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR (1,31% e preço de R$ 38,70), Ubiratã/PR (1,35% e preço de R$ 37,50), Londrina/PR (1,35% e preço de R$ 37,50), Campinas/SP (1,96% e preço de R$ 52,00), Porto Paranaguá/PR (2,17% e preço de R$ 47,00), Anambai/MS (2,78% e preço de R$ 37,00), Sorriso/MT (3,45% e preço de R$ 30,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira.
De acordo com o boletim diário da Radar Investimentos, a pressão de baixa no mercado físico parece ter encontrado um piso. “As cotações ficaram relativamente sustentadas ao redor de R$48,50/sc, CIF, 30d na região de Campinas-SP. Por outro lado, as tensões políticas externas e internas deixam o produtor cauteloso em relação ao câmbio”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) divulgou seu reporte semanal dando conta de que o movimento de queda dos preços domésticos do milho perdeu força nos últimos dias.
Segundo colaboradores do Cepea, diante da irregularidade das chuvas e de possíveis impactos sobre a produtividade da segunda safra, muitos produtores diminuíram a oferta no spot e elevaram os valores pedidos.
“Contudo, os preços internacionais em queda e a cautela de compradores em adquirir grandes lotes ainda impedem valorizações domésticas do cereal. Quanto às negociações, predomina a cautela de compradores, devido ao atual cenário econômico. Esses agentes optam por adquirir apenas lotes pontuais para curto prazo”, diz a publicação.
Entre 23 e 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) avançou 0,3%, a R$ 48,35/sc de 60 kg na quinta-feira, 30. “Nessa região paulista, produtores e cooperativas limitaram o volume ofertado e elevaram o preço pedido pelo cereal. A disponibilidade de milho de outros estados em São Paulo também diminuiu”, conclui o Cepea. 
B3
Para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) a segunda-feira (04) registrou movimentações positivas. As principais cotações operavam com flutuações entre 0,44% e 1,83% por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era coado à R$ 48,00 com alta de 1,48%, o julho/20 valia R$ 45,46 com elevação de 1,02%, o setembro/20 era negociado por R$ 43,99 com valorização de 1,83% e o novembro/20 tinha valor de R$ 45,90 com ganho de 0,44%.
As incertezas sobre a segunda safra de milho seguem em pauta no mercado. Em Rio Brilhante/MS a estiagem já impactou na perda de 20% da produtividade esperada e, caso a chuva não volte nesta semana, este índice pode ser ainda maior.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT) a segunda-feira (04) foi de baixas para os preços internacionais do milho futuro.  As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,75 e 3,00 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,10 com queda de 0,75 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,15 com perda de 3,00 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,22 com desvalorização de 3,00 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,34 com baixa de 2,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,32% para o maio/20, de 0,94% para o julho/20, de 0,92% para o setembro/20 e de 0,60% para o dezembro/20.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho em Chicago caíram nesta segunda-feira, com as crescentes tensões entre Washington e Pequim aumentando a preocupação com o risco adicional da demanda, além das interrupções pelo Coronavírus nos mercados de bicombustíveis e ração animal.
“As ações e os preços do petróleo caíram na segunda-feira, quando uma discussão EUA-China sobre o surto de Coronavírus alimentou os temores de uma nova guerra comercial, apenas alguns meses após as duas maiores economias do mundo assinarem um acordo para neutralizar uma batalha tarifária”, aponta Christopher Walljasper.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira que o acordo comercial da Fase 1 com a China agora é de importância secundária para o surto de coronavírus e ameaça novas tarifas sobre a pandemia.
Enquanto isso, o clima razoável no Meio-Oeste dos EUA tem analistas prevendo o plantio com antecedência. “A grande maioria do plantio já está perto de ser feita. Nossos funcionários em Minnesota, partes de Dakotas, estão envolvidos”, disse Mark Schultz, analista-chefe da Northstar Commodity.
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Por:
 Guilherme Dorigatti
Fonte:
 Notícias Agrícolas

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