A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza testes com matérias primas para trazer qualidade ao húmus disponível no mercado. Também conhecido como Vermicompostagem, é a matéria orgânica depositada no solo, que resulta da decomposição de animais, plantas, folhas ou é produzido por minhocas. O húmus fornece nutrientes para as plantas, regula as populações de micro-organismos e torna os solos férteis, além de outros benefícios.
O projeto intitulado “Produção de Húmus de Minhoca com Aditivos Orgânicos e Químicos” é desenvolvido em parceria com a Emater-MG e surgiu de demandas como a da produtora e comerciante de minhoca e húmus, Ana Lúcia Lara. “Notei a necessidade de um trabalho de pesquisa que proporcionasse o aproveitamento dos resíduos que são descartados de forma incorreta. Além disso, atualmente, trabalhamos com a questão da alimentação saudável e o húmus é um produto orgânico puro que atende as exigências nutricionais das plantas”.
Para a pesquisadora da Epamig, Marinalva Woods, o projeto é uma forma de direcionar resíduos e transforma-los em material fertilizante para uso na propriedade ou comercialização, configurando como alternativa de renda e favorecendo a redução de possíveis impactos ambientais.
A primeira etapa, já realizada, consiste no sistema de vermicompostagem no qual foram realizados cinco tratamentos para a produção do húmus de minhoca, foram utilizados esterco com a adição de borra de café, bagaço de cana, pó de ardósia termofosfato e esterco puro, todos os materiais de fácil acesso para o produtor. A próxima etapa será a análise do húmus produzido e ensaio em estufa com produção de algumas espécies de plantas medicinais e hortaliças em vasos. Após as análises e realizações dos ensaios no Campo Experimental da Epamig em Santa Rita, os resultados serão divulgados e disponibilizados à comunidade em geral.
A Epamig, assim como a Emater-MG, é vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).
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