Os números finais da SECEX/ME relativos às exportações de carne de frango in natura de abril passado não são muito diferentes daqueles projetados há uma semana pelo AviSite. Aliás, foram ligeiramente superiores, indicando que houve alguma aceleração nos embarques da última semana do mês.
Pelo acumulado das quatro primeiras semanas de abril projetava-se volume mensal em torno das 310 mil toneladas. Mas como os dados ontem divulgados apontam, para a totalidade do mês, embarques médios diários de pouco mais de 16.041 toneladas, o total estimado para abril chega às 320.827 toneladas, volume quase 4% menor que o alcançado há um ano e que, pelos números atualizados da SECEX/ME, ficou próximo das 334 mil toneladas.
Como vem ocorrendo desde fevereiro passado, o preço médio alcançado em abril sofreu novo recuo. Comparativamente ao mesmo mês de 2019 recuou 7,5%.
Em decorrência da dupla queda (no volume e no preço), a receita cambial do produto in natura também foi menor que a do mês anterior e a de abril do ano passado. Neste caso, registrou queda de 11%.
À primeira vista, foi um fraco desempenho. No entanto, em plena pandemia da Covid-19, as exportações do trimestre fevereiro/abril permaneceram estáveis, na faixa das 320 mil toneladas mensais. Melhor do que isso, acumulam no primeiro quadrimestre de 2020 volume superior a 1,270 milhão de toneladas, resultado que corresponde a um incremento próximo de 6% sobre o 1,2 milhão de toneladas do mesmo quadrimestre de 2019.
Neste caso, apenas o preço médio destes primeiros quatro meses de 2020 é que registram retração. De 2,5% sobre o ano anterior. Pois, graças ao aumento de volume, a receita cambial, gora já não muito distante dos US$2 bilhões, registra variação positiva de quase 3%.
A ressaltar – como indica a própria SECEX/ME – que esses resultados são preliminares, devendo sofrer atualizações no decorrer do mês. Porém, quaisquer que sejam as mudanças introduzidas, as variações nos índices apontados deverão ser mínimas.
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