quinta-feira, 25 de julho de 2013
25/07/2013 11:40
25/07/2013 11:40
Brasil derruba PIB da América Latina
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) reduziu, pela segunda vez no ano, a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
Correio Braziliense
A previsão para 2013 passou de 3% para 2,5%, em linha com o corte feito no início de julho pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Caso se confirme a nova estimativa, o Brasil terá o terceiro pior desempenho da região, ficando à frente apenas de El Salvador e Venezuela, países que devem crescer, respectivamente, 2% e 1%, segundo os novos cálculos da entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Em meio a um cenário pouco animador, o organismo também revisou para baixo a estimativa de crescimento econômico do bloco, de 3,5% para 3%. Com isso, a região vai registrar, na melhor das hipóteses, a mesma taxa de expansão de 2012. Parte desse pessimismo se deve à piora na avaliação do México, que teve a projeção de alta revisada de 3,5% para 2,8%, e ao aprofundamento da crise no Brasil.
Para a Cepal, tanto a indústria quanto o consumo das famílias no Brasil, que já foram os motores do crescimento econômico, estão em desaceleração. Além disso, citou a secretária-geral do organismo, Alicia Bárcena, a piora no saldo da balança comercial é um dos fatores que interferem no crescimento econômico do bloco. "A desaceleração mundial tem impactado diretamente nas exportações líquidas da região e atrapalhado o avanço da economia. Nesse sentido, a retomada do PIB brasileiro em relação ao de 2012 poderia ser maior não fosse a queda nas exportações", disse.
Alicia demonstrou mais otimismo que os brasileiros em relação à economia do país, principalmente, a partir de 2014, quando ela espera que o cenário externo esteja melhor do que o atual e que as exportações brasileiras voltem a crescer, ajudando na expansão da atividade doméstica. "A visão interna é muito pior do que a gente vê aqui fora. O país vem se esforçando em fazer mudanças e há perspectivas de atrair investimentos com os programas de concessão em Infraestrutura", afirmou. Em relação a 2014, o economista-sênior do BES Investimento, Flávio Serrano, reconhece que o câmbio poderá ajudar as exportações, mas ele prefere manter a cautela. "Nossa projeção de crescimento para 2014 é de apenas 2,5%", assinalou.
Se ainda não conseguiu vencer a crise, o Brasil pelo menos tem se mostrado atraente para o investidor estrangeiro. Segundo frisou Alicia Bárcena, o Brasil lidera a captação de Investimentos Estrangeiros Direto (IED) na região. Dos R$ 122,8 bilhões que ingressaram no bloco em 2012, o país foi o destino de 55,4% desses recursos. O problema, disse a secretária, é que não tem havido expansão dessa cifra. Em 2011, foram US$ 67,7 bilhões e, no ano passado, esse montante saltou para US$ 68 bilhões.
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