sexta-feira, 26 de julho de 2013
Comitiva chinesa está no Rio Grande do Sul para inspecionar o tabaco produzido no Estado
Comitiva chinesa está no Rio Grande do Sul para inspecionar o tabaco produzido no Estado
26/07/2013 | 19h56
Missão tem como objetivo garantir a procedência do produto, além de manter ativas as vendas para o país oriental
Cristiane Viegas
Uma comitiva com técnicos chineses está no Rio Grande do Sul para inspecionar o tabaco produzido e processado no Estado, e exportado para a China. A missão tem como objetivo garantir a procedência do produto, além de manter ativas as vendas para o país oriental, que é o maior comprador do Brasil.
O Brasil exporta cerca de 70 mil toneladas de tabaco processado aos chineses, o volume representa um faturamento médio de 500 milhões de dólares. Desde 2005, o Rio Grande do Sul é o único Estado brasileiro que exporta o produto para este mercado. O superintendente federal de agricultura do RS, Francisco Signor, disse que todo ano uma comitiva do país vem para o Brasil fazer inspeção das lavouras.
– Todo ano uma comitiva de autoridades da quarentena chinesa ou do Ministério da Agricultura vem aqui para o Estado inspecionar as lavouras, as agroindústrias, e os laboratórios. Com a presença dos fiscais do inserido da agricultura e de lá pra cá não se verificou mais a doença do mofo azul – disse Signor.
Todas as etapas de inspeção dos chineses, produção, processamento e exportação, são acompanhados atentamente pelos técnicos do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul. A medida faz parte de um acordo internacional entre os países. Segundo o fiscal agropecuário, Jairo João Carbonari, as regras da China são dadas devido à praga mofo azul.
– São feitos determinados procedimentos para garantir que não haja contaminação de pragas de um país para o outro. Essas regras dadas pela China se concentram em uma praga conhecida como mofo azul, que ataca plantas na lavoura – disse Carbonari.
O processo começa na lavoura e segue na indústria. Os técnicos chineses inspecionam os lotes selecionados para exportação. Amostras vão para um laboratório para confirmar que não há presença de um fungo específico que atinge as plantas de fumo. Além de descartar a doença, são observados também o sabor, o teor de nicotina e a cor do produto. Tudo para ter garantia de qualidade, diz fiscal federal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) Roque Danieli.
– Umidificando, os fungos pré-germinam e fica mais fácil a identificação, caso eles estejam presentes – disse Danieli.
Até agora, não há registros do mofo azul no fumo gaúcho. O que tem facilitado as negociações e contribuído para o aumento dos embarques.
– Anos passado em relação ao ano anterior tivemos um acréscimo de 20% e esse ano especificamente, eles estão elogiando bastante a qualidade – conclui ele.
CANAL RURAL
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