segunda-feira, 29 de julho de 2013
Nortão: Estadão aponta falta de armazéns para milho
Nortão: Estadão aponta falta de armazéns para milho
29/07/2013 08:16
O jornal Estado de São Paulo - um dos mais conceituados do país - publicou reportagem abordando o sério problema da falta de armazéns nas regiões Nortes e Médio Norte de Mato Grosso. Produtores vem estocando milho à céu aberto em Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum, além de outras cidades da região como Tapurah. Pelo menos dois desses municípios estão no Médio-Norte, onde 16 cidades respondem por cerca de 40% da produção do Estado e quase 10% da produção de grãos do país. Dos 3 milhões de hectares ocupados pelo grão, 1,6 milhão - 53% do total – está nessa região, que é uma das que mais sofrem com as deficiências na infraestrutura. A colheita está em andamento e são esperadas até 17 milhões de toneladas
Em reportagem divulgada, ontem, o Estadão apontou que um dos principais motivo para o milho estar sendo estocado a céu aberto seria a soja, da última safra, ainda nos silos. São destacadas quatro razões para isso. “Duas delas são de caráter comercial. Uma parte da soja fica mesmo na região, todos os anos, para suprir a produção de óleo e de farelo. Outra quantidade adicional ficou para trás porque alguns produtores esperaram para vender a soja depois da colheita a um preço melhor. Os outros motivos são exemplos de como as deficiências na estrutura do Brasil podem comprometer o agronegócio, um dos setores mais prósperos da economia”.
O jornal destacou que na “safra deste ano, a exportação de soja foi atrapalhada pelo boom do milho na safrinha de 2012. Os dois grãos tiveram de disputar espaço nos caminhões, nos armazéns e nos portos. No primeiro trimestre deste ano, apenas 1,9 milhão de toneladas de soja havia sido embarcada - uma queda de 42% em relação aos 3 milhões de toneladas que já tinham sido despachadas no mesmo período de 2012. Ainda havia milho da safra passada sendo exportado em fevereiro e março, quando a soja já podia ser embarcada”.
É apontado ainda que o grande problema é o número de armazéns para atender a demanda da soja e do milho ao mesmo tempo. “Mato Grosso tem 2.274 armazéns registrados na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Pouco mais da metade, 1.270 silos, estão ao norte do Estado. A capacidade total de armazenamento de Mato Grosso é de 29 milhões de toneladas. A perspectiva é que, na safra atual, o Estado colha 45 milhões de toneladas de grãos - entre soja, milho e outros produtos. O ideal seria que o Estado fosse capaz de estocar uma colheita completa”.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Weverton Correa (foto: Só Notícias/Ivan Oliveira/arquivo)
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