quinta-feira, 28 de novembro de 2013

28/11/2013 - 13:51

28/11/2013 - 13:51 Preço do leite ao produtor volta a cair Valor Econômico Os preços pagos aos produtores brasileiros de leite caíram novamente em novembro com o avanço da safra nas principais regiões de produção, mas o recuo ainda é limitado, conforme levantamento da Scot Consultoria. De acordo com a consultoria, em novembro, o produtor recebeu, em média, R$ 1,003 pelo litro do leite entregue em outubro. A queda foi de 0,8% na comparação com o mês anterior. O recuo é pequeno pois as cotações ainda sobem no Nordeste, uma das regiões produtoras pesquisadas, onde a captação ainda não aumentou, e porque a demanda se mantém firme, explica Rafael Ribeiro, analista da Scot. A maior pressão de baixa nos preços é na região do Brasil Central, acrescenta. A expectativa é de que a produção de leite continue crescendo nos próximos meses no país, para atingir o pico de oferta em janeiro de 2014. Até lá, as cotações devem recuar, afirma Ribeiro. Segundo ele, o índice de captação de leite da Scot aumentou 3,1% em outubro em relação a setembro, e a previsão é que suba mais 2,1% em novembro na comparação com outubro. Os preços do leite longa vida também registraram quedas no atacado e no varejo. Conforme a pesquisa da Scot, a média mensal no atacado paulista em novembro ficou em R$ 2,12 por litro contra R$ 2,28 em outubro. No varejo, o recuo foi menor, saindo de R$ 2,89 o litro em outubro para R$ 2,80 em novembro. "As redes de varejo estão segurando as compras porque o consumo fica mais fraco em dezembro e janeiro", afirma o analista, explicando a queda no atacado. Segundo Ribeiro, as quedas dos preços ao produtor são inferiores às registradas normalmente nesta época porque a demanda ainda é firme. Mas os estoques dos laticínios já começam a melhorar, num reflexo da maior captação. A pesquisa da Scot, que alcança mais de 150 laticínios do Brasil, indica que 70% deles acreditam em nova redução dos preços do leite ao produtor no pagamento de dezembro. Outros 26% esperam estabilidade no preço da matéria-prima e 4% acreditam em alta, de acordo com Ribeiro.

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