quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Agronegócio de MT vai estudar impactos de pedágios na BR-163

Agronegócio de MT vai estudar impactos de pedágios na BR-163 28/11/13 - 00:00 Entidades do agronegócio de Mato Grosso afirmaram nesta quarta-feira (27) que a entrega do trecho de 850,9 quilômetros da BR-163 à iniciativa privada vai impactar positivamente na melhoria da via, atualmente saturada pelo grande fluxo de veículos. A estrada é o principal canal de escoamento da produção agrícola e por onde passam 70% da safra regional. A Odebrechet arrematou a concessão nesta quarta-feira (27) no leilão realizado na BM&FBOVESPA em São Paulo. Ela ofereceu a menor tarifa de pedágio, inferior ao teto estabelecido pelo governo. “Este sistema de concessão é importante para impulsionar as obras de infraestrutura e logística. O setor produtivo necessita de estradas em boas condições de trafegabilidade e a BR-163 é a espinha dorsal do escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso”, afirmou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado. Penúltima empresa a ter sua proposta lida no leilão, a tarifa para o pedágio proposta pela vencedora chegou a R$ 2,638 para cada 100 quilômetros, abaixo do teto de R$ 5,50 estipulado pela União. A proposta mais cara foi a da Galvão Engenharia S/A, de R$ 5,350. O setor produtivo mato-grossense diz que vai avaliar o impacto financeiro que será gerado pela instalação das nove praças de pedágio na extensão da rodovia. Ela começa quando 10% das obras estiverem prontos. Os estudos devem ficar sob responsabilidade do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Este órgão de pesquisa, ligado ao setor agropecuário, aponta que apenas na última safra foram cerca de 34 milhões de toneladas de grãos transportados pela BR-163. "Vamos fazer estudos para avaliar os impactos aos produtores rurais", disse ainda Rui Prado, presidente da Famato. Dezenove municípios compõem o trecho dos quase 851 quilômetros da BR-163 no estado. Ligam Itiquira, na região sudeste, na divisa com Mato Grosso do Sul, a Sinop, no médio norte, passando por importantes polos produtores de soja e milho. "A concessão é um importante modelo para o mundo e não dá para conviver com a falta de rodovia", avalia Carlos Fávaro, presidente da Associação de Soja e Milho do Estado (Aprosoja-MT). O agronegócio é o principal gerador de renda para a economia regional e um dos mais importantes setores na composição do Produto Interno Bruto (PIB) mato-grossense. Em 2011 a soma das riquezas produzidas totalizou R$ 71,4 bilhões, segundo o IBGE. Empresa Ao falar sobre a vitória do leilão, o diretor da Odebrecht, Renato Mello, disse que a empresa já vinha estudando o potencial da rodovia e sua rentabilidade. "Fomos estudar a logística, como é o movimento de grãos e chegamos à conclusão de que o potencial de crescimento de Mato Grosso está muito acima do PIB do país", afirmou. Programa O trecho em leilão foi o segundo dentro do Plano de Investimento em Logística (PIL). O plano foi lançado em agosto do ano passado, prevendo R$ 133 bilhões pelos próximos 25 anos em obras de infraestrutura. Os recursos serão utilizados para a duplicação dos segmentos rodoviários e também ampliar a malha ferroviária do país. O governo vai conceder à iniciativa privada 17 mil quilômetros, sendo 7,5 mil de rodovias e outros 10 mil de ferrovia. Mas os leilões de concessão começaram um ano após o lançamento ocorrer. Em setembro foi ofertada parte da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais. À época, o consórcio Planalto sagrou-se vencedor. Agrodebate Autor: Leandro J. Nascimento

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