quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Contra subsídios dos EUA ao algodão, reunião é adiada
Contra subsídios dos EUA ao algodão, reunião é adiada
28/11/13 - 09:13
A reunião em que o governo brasileiro decidiria sobre a retomada do processo de retaliação contra os Estados Unidos por seus subsídios ao algodão foi adiada. O encontro da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que ocorreria nesta quarta-feira (27.11) foi remarcado para 10 de dezembro. A expectativa inicial era de que fosse aprovada a retomada da retaliação e que barreiras concretas aos produtos americanos fossem adotadas no início do ano que vem.
A reunião foi adiada por conta da dificuldade conciliar a agenda dos ministros. Luiz Alberto Figueiredo, de Relações Exteriores, está hoje no Haiti. Na próxima semana, Figueiredo participa da reunião da Organização Mundial de Comércio (OMC) em Bali, Indonésia, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, estará em Nova York. Daí a opção pelo dia 10 de dezembro, quando todos estarão presentes. "Como vai ser discutida a retaliação contra os Estados Unidos por conta dos subsídios ao algodão, é melhor contar com a presença de todos os ministros", disse uma fonte do governo.
O Brasil venceu uma disputa contra os EUA na OMC (Organização Mundial do Comércio), que considerou ilegais os subsídios concedidos pelos americanos aos seus produtores de algodão. Os EUA, porém, ignoraram a determinação da OMC e não mudaram suas leis. A OMC autorizou o Brasil a retaliar, elevando os impostos de importação e quebrando patentes de produtos americanos. Mas o país optou por aceitar um acordo.
Os EUA se comprometeram a depositar US$ 147 milhões por ano aos cotonicultores brasileiros como compensação, enquanto não mudam sua lei agrícola. No total, já foram pagos cerca de US$ 500 milhões. Em setembro, os americanos interromperam os pagamentos, alegando restrições orçamentárias. Dessa maneira, romperam unilateralmente o acordo, deixando poucas alternativas ao Brasil.
O setor de algodão brasileiro tem feito intenso lobby em Brasília por uma atitude mais dura do governo.
Diário do Sudoeste
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