sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Indústria de alimentos mira mais contratos no Irã após acordo nuclear

Indústria de alimentos mira mais contratos no Irã após acordo nuclear 29/11/13 - 08:54 Depois de anos de dificuldades causadas por sanções econômicas, os fornecedores esperam que o acordo nuclear torne mais fácil a realização de contratos lucrativos para vender trigo, açúcar e outros alimentos para o Irã. O Irã nunca foi impedido de comprar alimentos, mas as sanções financeiras da União Europeia e dos Estados Unidos tornaram a comercialização mais difícil nos últimos dois anos por criar obstáculos para pagamentos e transporte. Um acordo preliminar alcançado no domingo, em Genebra, deixa a maioria das sanções em vigor durante pelo menos os próximos seis meses enquanto um acordo permanente é finalizado, mas algumas sanções serão relaxadas. As potências mundiais concordaram em "facilitar as operações humanitárias". Importadores iranianos privados voltaram ao mercado internacional nos últimos dias pela primeira vez em dois anos em busca de 300 mil a 500 mil toneladas de trigo para produzir farinha, disseram operadores. As fontes disseram esperar agressivas compras de grãos pelo Irã para a estocagem de alimentos por um período de seis meses. Gigantes do agronegócio como Cargill e Archer Daniels Midland Co, além de outras tradings como a suíça Glencore-Xstrata, estão entre os principais participantes no comércio de alimentos com o Irã. Essas três empresas confirmaram que vendem produtos agrícolas para o Irã e disseram que a atividade estava em conformidade com as sanções. "O Irã precisa de um monte de trigo e outros alimentos e é provável que use a suspensão das sanções para fazer grandes compras e embarcá-las caso o acordo político não dure", disse um operador alemão. Fontes do mercado de açúcar também têm uma visão semelhante, depois de testemunharem interesse comercial mais firme nos últimos dias. (Reportagem adicional de Sybille de La Hamaide e Valerie Parent, em Paris; e de Nigel Hunt e Sarah McFarlane, em Londres) Reuters

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