segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dólar apresenta tendência de alta em dezembro e para 2014

Dólar apresenta tendência de alta em dezembro e para 2014 DCI A moeda norte-americana fechou o último mês de novembro como a segunda melhor aplicação financeira do ano, alta de 13,6% em 11 meses, só superada pela performance do euro que teve valorização de 17,62% no mesmo período. "O dólar já deve abrir a segunda-feira [hoje] em alta, o futuro de dólar para janeiro avançou 0,86% enquanto a moeda no mercado à vista fechou em alta de 0,18%", apontou o gerente de operações de câmbio do Banco Confidence, Felipe Pellegrini. Na última sexta-feira, o dólar à vista no mercado de balcão fechou cotado a R$ 2,3249 enquanto o dólar futuro apresentou preço de R$ 2,355 para janeiro. Já o euro teve alta de 0,54% na última sexta-feira e fechou cotado ao preço de R$ 3,175 ante o valor de R$ 3,1577 registrado na quinta-feira. "Em 2013, as principais moedas internacionais perderam valor em relação ao dólar, isso é explicado pela expectativa e dados sobre a melhora da economia americana", explicou. Pellegrini detalhou que entre os principais fatores que explicam a alta da moeda norte-americana ao longo do ano está a perspectiva de redução dos estímulos monetários pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. "O mercado acredita que essa medida possa ser tomada no primeiro trimestre de 2014", apontou o gerente. Como tendência, Pellegrini vê dezembro com um menor número de negócios. "A liquidez diminui em dezembro, assim como historicamente há redução dos volumes de exportação e de importação", justifica. Para 2014, o gerente observa o dólar acima do patamar de R$ 2,40. "O cenário internacional vai depender da redução dos estímulos monetários, e no mercado doméstico é ano eleitoral e ainda existe a perspectiva negativa de rebaixamento do Brasil pelas agências Fitch e S&P", ressaltou. Ele considera que se o dólar pressionar de forma persistente acima de R$ 2,40 talvez o Banco Central possa continuar com o programa de venda de swap cambial, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. "Ainda é cedo para falar em novos volumes, mas o governo também pode se valer de outros instrumentos para conter a disparada do dólar, como o aumento dos juros e mais incentivos para a entrada de investimento estrangeiro no Brasil", considerou. O programa atual de venda de dólares pelo Banco Central é de US$ 100 bilhões ao longo de todo o ano. Fundos e Bolsa Depois das moedas estrangeiras, os fundos referenciados em taxa de depósito interfinanceiro (DI) apresentaram ganhos de 7,26% no ano até 29 de novembro, de acordo com dados do Relatório Consolidado Diário da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), divulgado na última sexta-feira. No mês, o Fundo DI rendeu 0,73%. Os fundos de renda fixa apresentaram média de ganhos de 5,94% no ano e 0,29% no mês. Para o administrador de investimentos, Fabio Colombo, a tendência é que as aplicações a juros tenham desempenhos parecidos, uma vez que a única diferença entre eles é a taxa de administração, mas destaca a situação do segmento. "A poupança está dando 0,52% e a projeção do IPCA é 0,60%. O que sobra é muito pouco para o investidor", afirmou. Fabio ainda acredita que esse comportamento se mantenha, a não ser que problemas econômicos mais sérios forcem um grande aumento de juros. Na análise feita pelo administrador mês a mês, depois dos investimentos de câmbio e ouro aparece as aplicações a juros. A Bolsa exibiu o pior resultado para novembro e o segundo pior para o ano, até dia 28. Fabio coloca o baixo posicionamento como um reflexo tanto da saída de investimentos estrangeiros, quanto de problemas enfrentados por companhias abertas com grande peso no Índice Bovespa. Segundo o ranking, a Bolsa caiu 4,44% em novembro e 14,94% no ano. "Temos muitas notícias ruins no lado doméstico, apesar de os países desenvolvidos estarem se recuperando."

Nenhum comentário:

Postar um comentário