quarta-feira, 30 de julho de 2014
Basf investe US$ 2 milhões por dia em pesquisa na América Latina
A segurança alimentar não é apenas uma preocupação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), que estima em nove bilhões o número de pessoas buscando o que comer em 2050
É também uma oportunidade de negócios bilionários, que envolvem algumas das maiores corporações globais. "E o Brasil pode ser responsável por fornecer até 40% desse crescimento na produção de alimentos", defende Oswaldo Marques, diretor de marketing da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil. A FAO acredita que a expansão produtiva deve ser de até 70% para dar conta das novas bocas por nascer, além do desafio de erradicar a fome entre as 925 milhões de pessoas que hoje vivem na miséria.
A aposta de Marques e de sua companhia no País explica alguns dos investimentos feitos recentemente pela Basf por aqui. Por questões estratégicas, a empresa não revela valores envolvidos. O diretor de marketing se limita a dizer que "a unidade de proteção da América Latina investe US$ 2 milhões por dia apenas em pesquisa". Para se ter uma ideia das cifras envolvidas, basta citar que alguns dos produtos recentemente lançados levaram até dez anos para ficar prontos para comercialização. São novos cultivares, produtos como fungicidas, inseticidas (para diferentes culturas) e serviços, como as 250 pequenas estações climáticas já instaladas nas principais regiões produtoras do País.
Chamado de AgroDetecta, é um serviço de monitoramento por meio de uma rede de estações meteorológicas. Elas processam diversas informações, seguindo um modelo matemático, e indicam o melhor momento para a realização do controle fitossanitário, reduzindo assim a disseminação de doenças em diferentes culturas. Já o Digilab Mobile Tablet ajuda a detectar os sintomas das principais doenças, pragas e plantas daninhas, em diferentes culturas, por meio de um microscópio digital, que captura as imagens, e de uma biblioteca virtual de saúde vegetal.
Para regular os aparelhos e máquinas de pulverização, o que impede o uso excessivo e o consequente desperdício de recursos, poupando o meio ambiente, conforme Marques, outro serviço lançado recentemente foi o Smart Spray Solution. As novas gerações de químicos para combate às pragas aplicam-se a diferentes culturas, mas principalmente a soja, arroz e milho. OrkestraTMSC é um fungicida para lavouras de soja que, após dez anos de estudos, figura como uma opção ao combate da ferrugem asiática por meio de uma nova molécula, a Carboxamida. Por ser composto de um novo princípio ativo, auxilia no manejo de resistência a fungicidas.
Já o inseticida FastacDuo é a mais nova formulação direcionada para o manejo de importantes percevejos da soja. O inseticida Pirate é voltado para o manejo do complexo de lagartas, tripés e ácaros, promovendo ação diferenciada sobre a lagarta falsa medideira e Helicoverpa armigera. Para a cultura do milho, a Basf indica Abacus HC e Standak Top, que têm as funções inseticida e fungicida. A empresa também lançou, no começo do ano, o Sistema Clearfield com as variedades de arroz GURI INTA CL, no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro do cereal, com uma colheita de 30,8 milhões de toneladas em 2013. O objetivo "é melhorar a qualidade e a produtividade das lavouras gaúchas de arroz. Além da tolerância aos herbicidas Onlye Kifix para o manejo químico do arroz vermelho, a cultivar GURI INTA CL proporciona altos rendimentos com estabilidade de produção".
A BASF contabilizou vendas de 74 bilhões de euros em 2013, quando empregava 112 mil colaboradores em todo o mundo, sendo seis mil na América do Sul. Com vendas de mais de 5,2 bilhões de euros em 2013, a Divisão de Proteção de Cultivos oferece soluções em proteção, tratamento de sementes e controle biológico e alternativas para o gerenciamento de água, nutrientes e saúde da planta.
Data de Publicação: 30/07/2014 às 18:40hs
Fonte: DCI
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