quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mato Grosso: O oásis do trigo brasileiro, ou apenas uma miragem?

Apesar do grande potencial, plantio da cultura ainda não arrancou no Estado Há alguns anos comentamos a possibilidade de expansão da cultura de trigo em Mato Grosso, devendo este ser um futuro oásis da produção nacional de trigo, mas que não tem passado de uma miragem, já que vemos sempre muito próximo de ocorrer, mas ainda não tivemos a expansão na realidade. No final da última semana foi realizada reunião da Câmara Técnica da Cultura do trigo em Mato Grosso, onde novamente foram expostas as diretrizes e propostas para expansão da cultura no Estado. Voltamos a destacar o momento interessante que se perdeu na safra atual, devido aos baixos preços do milho e principalmente pela diminuição de exportações na Argentina, algo que poderia fomentar a demanda pelo cereal colhido cedo e com bom potencial qualitativo pelo clima seco no inverno do Cerrado brasileiro. Nesta última reunião da Câmara Técnica, dirigentes do Ministério de Agricultura estiveram presentes e levaram à Brasília as propostas de definição de preços mínimos para a cultura no Estado e a necessidade de financiamento da pesquisa. Sendo que para este fim, em março defendeu-se também a idéia de financiamento da pesquisa do trigo a partir dos impostos de compra de farinha de trigo naquele Estado (via lei estadual). Dentre os benefícios possíveis da cultura, a criação de mais uma opção de rotação de culturas nas áreas irrigadas, defendida pela secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde-MT, segundo matéria publicada ontem no portal AgroNotícias. Sendo que muitos defendem a necessidade de desenvolvimento de técnicas de plantio em sequeiro (menor investimento e menor competição com culturas mais rentáveis). Dentre os entraves à expansão da cultura no Estado, podemos destacar a ausência de consumo, já que temos apenas um moinho em operação em Mato Grosso atualmente. Em conversa recente com pesquisadores do IMEA, os mesmos indicaram que deverão realizar um estudo de custos para implantação de indústrias moageiras na região, algo que pode servir de subsídio às empresas do setor. Segundo dados mais recentes da CONAB (julho), não há levantamento de produção da cultura no Estado.
Data de Publicação: 30/07/2014 às 19:00hs Fonte: AF News Análises

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