terça-feira, 16 de agosto de 2016

16/08/2016 - 07:37

Alto valor dos insumos derrubam em 32% as intenções de confinamento em Mato Grosso




Da Redação - Viviane Petroli


Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Alto valor dos insumos derrubam em 32% as intenções de confinamento em Mato Grosso
O confinamento de bovinos em Mato Grosso recuou 32% no período de abril a julho. O alto custo dos insumos alimentares e a manutenção do valor do boi magro no Estado foram os principais pontos que levaram os pecuaristas a reduzirem a intenção de confinamento de 755,4 mil cabeças em abril para 506,6 mil em julho. O volume é considerado o menor dos últimos três anos.

Estudo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que 50% dos pecuaristas que haviam declarado que iam confinar em 2016 seguem com a intenção. Os números são do 2º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2016.


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De acordo com o levantamento, das 506,6 mil cabeças de gado com expectativa de confinamento hoje, 46,95% terão entrega concentrada entre setembro e outubro, meses considerados de intensa seca no Estado.

As regiões que mais contam com baixa perspectiva de confinamento são o Nordeste e Médio-Norte de Mato Grosso. Tais regiões foram as que mais impactos com a falta de chuva tiveram nas lavouras de soja e milho. Tanto, que 20,95% dos pecuaristas entrevistados pelo estudo do Imea apontaram o milho como principal responsável pela retração nas intenções de confinamento.

O produtor mato-grossense que confina trabalha avaliando seus custos, conforme o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi. Ele destaca que o pecuarista avalia ainda os preços do boi gordo e as perspectivas de mercado. "Atenção e custos na ponta do lápis são as diretrizes nesse momento. O produtor confinador mato-grossense é profissional".

Mercado do Boi

O mercado do boi, com cenário instável, foi outro fator que afetou diretamente na tomada de decisões dos pecuaristas de Mato Grosso ao longo deste período de confinamento.

“A queda nas intenções deveria impactar no preço recebido pelo pecuarista, já que o cenário vindouro se apresenta com um desequilíbrio entre a pouca oferta e maior demanda tipicamente mais elevada para do segundo semestre, porém, a conjuntura econômica brasileira impede que os preços boi gordo aumentem, freando ainda mais as intenções”, explica o gerente de projetos da Acrimat, Fábio da Silva.

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