segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Em Chicago, soja inicia o pregão desta 2ª feira com ligeiras altas, próxima da estabilidade



Na Bolsa de Chicago (CBOT), as principais posições da soja iniciaram a semana com ligeiras altas, próximas da estabilidade



Por volta das 8h14 (horário de Brasília), os vencimentos da commodity testavam ganhos entre 0,25 e 1,50 pontos. Todos os contratos permanecem acima do patamar de US$ 10,00 por bushel, com o novembro/16 cotado a US$ 10,02 por bushel e o maio/17 a US$ 10,24 por bushel.
As cotações da oleaginosa tentam ampliar os ganhos registrados na semana anterior, de mais de 1%. Com o suporte da demanda, os preços futuros voltaram a subir no mercado internacional. "As inspeções de exportação e as vendas semanais continuam excelentes", reportou o site Agrimoney.com.
Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de embarques semanais. Além disso, o órgão tem divulgado vendas do produto americano nos últimos dias, especialmente para a China.
Paralelamente, os participantes do mercado ainda acompanham a finalização da safra americana. Hoje, o USDA atualiza as informações sobre a colheita da produção de soja no final da tarde. Até a semana passada, cerca de 76% da área plantada já havia sido colhida.
Outro fator que também está no radar dos investidores é o clima na América do Sul e a evolução do plantio. No caso do Brasil, até a última quinta-feira (27), em torno de 41% da área já havia sido cultivada, conforme dados reportados pela AgRural. No mesmo período de 2015 o índice era de 31% e a média dos últimos cinco anos é de 40%.
Veja com fechou o mercado na última sexta-feira:
Com força da demanda, soja tem semana positiva em Chicago e acumula valorização de mais de 1%
A semana foi positiva aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity registraram valorizações importantes nos últimos dias, consolidando o patamar de US$ 10,00 por bushel. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, na semana, as cotações da oleaginosa acumularam valorizações entre 1,84% e 1,99%.
No pregão desta sexta-feira (28), as principais posições da oleaginosa passaram por um movimento de realização de lucros depois das recentes altas. Com isso, as principais posições da soja encerraram o dia com perdas de mais de 12 pontos. O vencimento novembro/16 era cotado a US$ 10,01 por bushel, enquanto o janeiro/17 trabalhava a US$ 10,12 por bushel. O março/17 fechou a sessão a US$ 10,18 por bushel.
Segundo o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, a demanda aquecida continua a dar suporte aos preços da soja no mercado internacional. "É preciso considerar que, os produtores americanos estão finalizando a colheita de uma grande safra e os preços continuam sustentados acima de US$ 10,00 por bushel, demonstrando a força da demanda", pondera.
Ainda essa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, o volume comprometido nas vendas semanais na temporada é de 33.764,0 milhões de toneladas, 24% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. E, segundo as projeções do órgão, as exportações de soja do país deverão ficar próximas de 55,11 milhões de toneladas neste ciclo.
Novas vendas também foram anunciadas ao longo da semana. A primeira de 516 mil toneladas do grão para a China. Depois o órgão ainda divulgou a venda de 129 mil toneladas para destinos desconhecidos e a de 396 mil toneladas também para a China. Ambas as aquisições deverão ser entregues ao longo da campanha 2016/17.
No caso da colheita nos EUA, o número já chega a 76%, ainda conforme dados do USDA e referentes até o último domingo. Os números serão atualizados na próxima segunda-feira (31). A perspectiva é que sejam colhidas mais de 116 milhões de toneladas do grão nesta safra.
Ainda na visão do consultor, o foco do mercado, a partir de agora, deve ser a safra na América do Sul. No Brasil, a perspectiva é que mais de 28% da safra já tenha sido cultivada até o momento, conforme projeções das consultorias privadas. "Precisamos de uma safra cheia na América do Sul, se tivermos uma quebra próxima de 6% nessa produção veremos o mercado mais nervoso", explica Fernandes.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, os preços da soja apresentaram ligeiras altas ao longo dessa semana, ainda de acordo com levantamento do Notícias Agrícolas. No Oeste da Bahia, o valor subiu 3,46%, com a saca da oleaginosa a R$ 67,25. Na região de Não-me-toque (RS), a valorização foi de 2,31%, com a saca a R$ 66,50. Ainda no estado gaúcho, em Panambi, a saca fechou a semana a R$ 67,50, com ganho de 2,27%.
No caso de Sorriso (MT), o valor subiu 1,41%, com a saca a R$ 72,00. No Paraná, nas praças de Ubiratã, Londrina e Cascavel, a alta foi de 1,52%, com a saca a R$ 67,00. Em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, ambas em Mato Grosso, a alta foi de 1,43%, com a saca a R$ 71,00. Em Avaré (SP), a lata foi de 0,69%, com a saca a R$ 71,32. Apenas em São Gabriel do Oeste (MS), o valor caiu 1,43%, com a saca a R$ 69,00.
Nos portos brasileiros, os preços tiveram um comportamento misto ao longo da semana. No Porto de Rio Grande, os valores subiram, com o disponível a R$ 77,50 e alta de 4,73%, já a cotação futura ficou em R$ 79,00 e ganho de 1,94%. Em Paranaguá, o preço disponível ficou em R$ 78,00 e alta de 0,65%. O preço futuro caiu 0,64%, com a saca a R$ 78,00. No terminal de Santos, o preço ficou em R$ 77,50, com queda de 1,65%. Já em Imbituba (SC), a valorização foi de 1,95%, com a saca a R$ 78,50.
"Nesse momento, o dólar mais baixo não estimula a realização de novos negócios. E também é preciso destacar que, nós já temos 25% da safra de soja negociada antecipadamente no país e, nesse instante, os produtores estão focados no plantio. Em Mato Grosso, o índice de comercialização está próximo de 40% e, em Goiás, o número é de 30%", diz Fernandes.
Dólar
O câmbio fechou a sexta-feira (28) com alta de 1,3%, cotado a R$ 3,1965 na venda. Segundo a Reuters, a moeda intensificou o movimento positivo após o reporte do FBI que abriu nova investigação sobre emails de Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA, informação que pode manchar a sua candidatura.
Porém, o dólar já subia ao longo do dia diante do crescimento mais forte na economia americana, ampliando as apostas do aumento da taxa de juros no país. Do mesmo modo, a proximidade da formação da Ptax também pesou. Na semana, o câmbio subiu 1,14%.



Data de Publicação: 31/10/2016 às 10:40hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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