sexta-feira, 29 de junho de 2018

Colômbia usará drones para combater cultivo de coca

TECNOLOGIA

Colômbia usará drones para combater cultivo de coca


A aplicação de herbicidas com uso de drones havia sido cancelada em 2015
Por:  -Leonardo Gottems 
Publicado em 29/06/2018 às 09:32h.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, autorizou na terça-feira (28.06) o uso de drones que voam em baixa altitude para aplicar o herbicida glifosato nas folhas de coca. A medida foi tomada com objetivo de tentar conter o uso da planta para a produção de cocaina. 
A determinação aconteceu um dia após os Estados Unidos afirmarem que em 2017 foram cultivados 209.000 hectares de coca na Colômbia, o que significa um aumento de 11% em relação ao último ano. Além disso, os EUA também indicaram que, consequentemente, isso significa um potencial aumento na produção de cocaína para 921 toneladas anuais, o equivalente a um acréscimo de 19%. 
A decisão do presidente, que deixa o cargo em agosto, foi tomada durante reunião com o Conselho Nacional de Narcóticos, em Bogotá. De acordo com Ivan Duque, que substituirá Santos no cargo, a intenção do governo é erradicar cerca de 110.000 hectares ainda nesse ano. 
Vale lembrar que a aplicação do glifosato com drones havia sido cancelada em 2015, após a Organização Mundial da Saúde ter associado o produto com o câncer. A Colômbia é um dos maiores produtores de cocaína do mundo, o que faz o país sofrer com a violência gerada pelo narcotráfico por décadas. 
No fim de 2016 o governo havia assinado um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que estão diretamente envolvidas com a produção e a comercialização de cocaína. Os EUA são os maiores consumidores da droga colombiana e pressionam constantemente o país a adotar medidas mais drásticas contra o comércio e a exportação ilegal da cocaína. 
Entre 2005 e 2015, a Colômbia recebeu cerca de US$ 10 bilhões para investir em programas militares e sociais para o combate do narcotráfico. Porém, nos dois últimos anos esse auxilio foi reduzido para US$ 400 milhões por ano. 

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