sexta-feira, 29 de junho de 2018

Soja segue estável em Chicago nesta 6ª feira e se prepara para os novos relatórios do USDA



Por volta de 8h50 (horário de Brasília), as cotações subia 1,50 ponto nas posições mais negociadas, com o julho/18 sendo cotado a US$ 8,62 por bushel


A manhã desta sexta-feira (29) tem sido de estabilidade para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago, os quais tentam se manter do lado positivo da tabela. Por volta de 8h50 (horário de Brasília), as cotações subia 1,50 ponto nas posições mais negociadas, com o julho/18 sendo cotado a US$ 8,62 por bushel.
O mercado aguarda pelos novos reportes que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), sendo um dos estoques trimestrais em 1º de junho e outro de atualização da área plantada no país. Assim, os traders optam por se manter na defensiva até a chegada dos novos números.
"A volatilidade, geralmente, acompanha muito a divulgação desses relatórios", explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, inc.
E embora com menos peso hoje, permanecem no radar dos traders as tensões sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos, bem como a pressão do quadro climático favorável no Corn Belt e o bom desenvolvimento das lavouras por lá.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja: Apesar do recuo de Chicago, mercado futuro tem bons preços no BR e estimula novos negócios
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a recuar na sessão desta quinta-feira (28) e terminaram o dia com perdas de mais de 5 pontos entre os contratos mais negociados. O vencimento julho/18 ficou em US$ 8,61 por bushel no fechamento deste pregão.
O mercado internacional foi intensificando seu movimento negativo ainda diante das preocupações relacionadas à guerra comercial entre China e Estados Unidos, com os traders atentos a qualquer movimento de um dos lados. Parte das tarifações de Donald Trump sobre a China já deverão começar a valer a partir de 6 de julho e, na mesma medida, as retaliações de Xi Jinping também não devem tardar. Enquanto isso, as especulações mantêm as cotações pressionadas.
Como primeiras medidas, a China já mira países onde poderia começar a investir na produção de alimentos, além de zerar a tarifação sobre a soja de alguns de seus vizinhos asiáticos. Um estudo da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas mostrou que as tarifações que vêm sendo impostas pelos dois países deverão provocar uma queda de 40% no valor das exportações agropecuárias americanas para a nação asiática.
Além disso, o mercado também buscou se ajustar antes da chegada dos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira. Serão reportados os estoques trimestrais em 1º de junho e mais números atualizados da área plantada no país.
Há também uma pressão do cenário climático ideal para o desenvolvimento das lavouras norte-americanas que segue no radar dos traders. Uma ou outra região entre as principais do Corn Belt sofre com alguma alteração no índice de precipitações, porém, nada que construa uma ameaça à nova safra americana.
Para os próximos dias e o início de julho, que é um dos meses-chave para a produção dos EUA, os alertas começam a ficar mais expressivos.
"Como já estamos alertando há alguns dias, as previsões climáticas para o Centro dos EUA têm reduzido as precipitações projetadas, devido ao estabelecimento de uma nova massa de ar quente de alta pressão sobre a região. Nos mapas climáticos atualizados, tal massa de ar é persistente durante os 12 primeiros dias de julho, pelo menos. As regiões mais afetadas com a falta de chuvas serão exatamente aquelas regadas com intensidade nos últimos dias. A permanência deste padrão árido em julho é preocupante", diz a consultoria AgResource Mercosul.
Como explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, esse movimento de pressão mais severa e intensa sobre as cotações já estaria chegando ao fim. "E o mercado vai se ajustando na sequência, em cima do que vier da China sobre as novas medidas. A safra dos EUA segue em boas condições, o clima é favorável", diz.
Mercado Brasileiro
A semana tem sido de alguns novos negócios no mercado brasileiro, na medida em que os preços nos portos nacionais voltaram a testar referências de R$ 85,00 a R$ 86,00 por saca, ainda como relata Brandalizze. "Para entrega setembro, pagamento outubro, os preços chegaram a R$ 88,00 houve vários negócios nessa linha depois de muito tempo parados", afirma o consultor.
Nesta quinta-feira, no porto de Rio Grande a soja disponível fechou o dia com baixa de 0,47% para R$ 84,30 por saca, enquanto o indicativo para julho/18 foi a R$ 85,00, perdendo 0,58%. Em Paranaguá, as referências ficaram sem cotações diante de uma combinação de baixas em Chicago e do dólar.
Já no interior do país, ganhos generalizados nesta quinta-feira. As altas nas praças de comercialização do país ficaram entre 0,42% e 2,05%, como foi o caso de Londrina, onde o preço ficou em R$ 74,50 por saca.
"No mercado interno há pouca pressão porque o produtor já vendeu bastante, já temos 75% da safra de soja vendida. De agora em diante, a tendência é de que os produtores vendam aos poucos, na medida em que os preços melhorem no mercado internacional", explica Brandalizze.


Data de Publicação: 29/06/2018 às 11:10hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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