quinta-feira, 19 de março de 2020

Itália supera China em número de mortos por novo coronavírus



Publicado em 19/03/2020 16:39 e atualizado em 19/03/2020 18:33

A Defesa Civil da Itália anunciou nesta quinta-feira, 19, que o número de mortos em decorrência do novo coronavírus subiu para 3.405, o que coloca o país à frente da China na quantidade de vítimas, que contabiliza 3.245. O início do surto de covid-19 no país europeu foi noticiado em 21 de fevereiro e nas últimas 24 horas foram registrados 427 óbitos. Ao mesmo tempo, a cidade de Wuhan, onde a pandemia teve início, não registrou casos adicionais.
Segundo os dados, o número de vítimas na Itália reduziu em um dia, já que na quarta-feira, 18, o balanço registrou 475 óbitos em 24 horas. Em relação aos contágios, o país europeu tem um total de 41.035 pessoas infectadas, sendo 33.190 casos ativos e 4.440 recuperados.
A região da Lombardia, no norte do país, continua sendo a mais afetada pela doença. Ao todo, foram registradas 2.168 mortes, sendo 209 em apenas um dia. Já o número de contágios é de 19 884, um aumento de 2.171 contaminações em 24 horas, "um dado significamente mais alto", segundo as autoridades.
A epidemia de coronavírus que assola a Itália já deixou ruas vazias e lojas fechadas, já que 60 milhões de italianos estão essencialmente em prisão domiciliar. Médicos e enfermeiros exaustos estão trabalhando dia e noite para manter as pessoas vivas. Crianças estão pendurando desenhos de arco-íris em suas janelas e famílias começaram a cantar em suas varandas. Já as vítimas de coronavírus enfrentam a morte sem direito a funerais
Agora, a Itália avalia endurecer as medidas contra o novo coronavírus e ampliar em todo o território a proibição de realizar atividades ao ar livre, como caminhar ou correr, assim como já fez Emilia-Romaña, no norte do país. O presidente dessa região, Stefano Bonaccini, autorizou na quarta-feira à noite o uso de bicicletas ou de uma caminhada a pé apenas por razões médicas, para trabalhar ou para ir ao supermercado. (Agências internacionais)

Número de mortes por coronavírus na Itália chega a 3.405 e supera total da China

ROMA (Reuters) - O número de mortos pelo surto de coronavírus na Itália aumentou nas últimas 24 horas em 427, para 3.405, ultrapassando o total de mortes até agora registradas na China, disseram autoridades nesta quinta-feira.
Os números desta quinta-feira na Itália representam uma ligeira melhora em relação ao dia anterior, quando a Itália registrou 475 mortes.
Cerca de 3.245 pessoas morreram na China desde que o vírus surgiu no final do ano passado. O início do surto da Itália foi noticiado em 21 de fevereiro.
O número total de casos na Itália subiu para 41.035 em relação aos 35.713 anteriores, um aumento de 14,9% -- uma taxa de crescimento mais rápida do que a observada nos últimos três dias, informou a Agência de Proteção Civil.
Dos infectados originalmente, 4.440 haviam se recuperado totalmente, ante 4.025 no dia anterior. Havia 2.498 pessoas em terapia intensiva contra 2.257 anteriormente.

CDC dos EUA reporta 10.491 casos de coronavírus e 150 mortes

(Reuters) - O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos reportou nesta quinta-feira 10.491 casos de coronavírus, um aumento de 3.404 casos em relação à contagem anterior, e disse que o número de mortes aumentou em 53, para 150.
O CDC relatou sua contagem de casos da doença respiratória Covid-19, causada pelo novo coronavírus, até a tarde de quarta-feira, em comparação com seu relatório anterior.
Casos de coronavírus foram relatados em todos os 50 Estados e no Distrito de Columbia.
Os números do CDC não refletem necessariamente casos relatados por Estados individuais.

Itália e França têm forte queda no consumo de energia por epidemia de coronavírus

PARIS/MILÃO (Reuters) - A demanda por eletricidade na Itália e na França teve forte retração nas últimas semanas devido a medidas de isolamento impostas pelos governos para lidar com a disseminação do coronavírus.
O consumo de energia elétrica em regiões ao norte da Itália recuou 25% na comparação anual nas últimas semanas, disse nesta quinta-feira o presidente da elétrica A2A, com sede em Milão, enquanto no restante do país houve queda de cerca de 15%.
Na França, a operadora da rede elétrica local, RTE, disse que a demanda caiu 15% frente ao nível normal para esse período do ano devido à desaceleração da atividade econômica associada à epidemia.
A Itália, que registra 3.405 mortes desde o início do surto do vírus no país, em 21 de fevereiro, estabeleceu um isolamento praticamente total para seus habitantes, medida depois adotada por outros países, incluindo a França.
Os casos na Itália, no entanto, continuam crescendo, o que faz com que o governo atualmente considere medidas ainda mais duras.
"O norte é a área que está sofrendo mais, mas ao mesmo tempo nós registramos uma queda nas emissões de dióxido de carbono porque há menos atividade industrial", disse o CEO da A2A, Valerio Camerano, em teleconferência sobre os planos do grupo no período 2020-2024.
A francesa RTE disse que o isolamento, em vigor desde terça-feira, mudou o padrão de consumo de eletricidade no país, com mais pessoas trabalhando de casa enquanto indústrias cortaram produção.
"O consumo de energia elétrica cresce mais devagar que o usual pela manhã e não chega ao pico até por volta de 13h. À tarde, o consumo também cai mais acentuadamente que o normal", disse a operadora de rede..
  • Dançarina de balé Ashlee Montague de Nova York faz performance em Times Square, Manhattan, Nova York 

EUA se apressam para determinar ritmo de crescimento do coronavírus

NOVA YORK/WASHINGTON, (Reuters) - Autoridades de saúde dos Estados Unidos arregaçaram as mangas nesta quinta-feira para acelerar os exames de coronavírus, tentando determinar quantos norte-americanos já foram atingidos pela pandemia.
A doença respiratória de proliferação rápida tem provocado fechamento de escolas e negócios e sujeitando milhões a trabalharem em casa ou ao desemprego, o que abala a economia e limita viagens.
O Estado de Nova York examinou mais de 7.500 pacientes de madrugada e ordenou que três quartos dos servidores públicos trabalhem em casa, e o governador da vizinha Nova Jersey alertou que acredita que o número de doentes no Estado chegará aos milhares.
Mais de 10 mil pessoas de todo o país foram diagnosticadas com a doença batizada de Covid-19 e mais de 160 morreram. Os Estados de Washington e Nova York concentraram os maiores números até o momento.
O Senado dos EUA planeja divulgar detalhes de um projeto de lei de mais de 1 trilhão de dólares para o combate ao coronavírus, concebido para ajudar a economia a suportar os efeitos colaterais da epidemia crescente. O presidente Donald Trump vem pedindo o pacote com insistência.
Seria o terceiro projeto de lei de emergência do Congresso para enfrentar o coronavírus na esteira de um plano de mais de 105 bilhões de dólares que cobre os exames gratuitos de coronavírus, licenças-saúde remunerada e gastos adicionais com a rede de segurança e uma medida de 8,3 bilhões para combater a disseminação do patógeno e desenvolver vacinas contra ele. Trump sancionou ambos.
Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a Covid-19, mas várias opções estão sendo testadas.
O mercado de ações em queda e o número crescente de mortes levaram Trump a mudar radicalmente de tom no tocante à doença nesta semana, quando exigiu ações urgentes para repelir um mergulho na recessão depois de passar semanas minimizando os riscos.
O governador de Maryland, Larry Hogan, republicano que preside a Associação Nacional de Governadores, disse que ele e seus colegas conversariam por telefone com Trump e o vice-presidente, Mike Pence, nesta quinta-feira para exigir ações.
Como os EUA demoram para mobilizar exames em massa para detectar o vírus, que já infectou mais de 229 mil pessoas em todo o mundo, autoridades temem que a quantidade de casos conhecidos da doença respiratória esteja muito distante da realidade.
Tags:
 
Fonte:
 Estadão Conteúdo/Reuters

Nenhum comentário:

Postar um comentário