segunda-feira, 30 de março de 2020

Milho: Chicago abre a semana na espera de relatório do USDA de terça-feira

Números de intensão de plantio devem ser atualizados

A semana começa com poucas movimentações para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira (30) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam flutuações máximas de 0,50 pontos negativos por volta das 08h49 (horário de Brasília).
O vencimento maio/20 era cotado à US$ 3,45 com queda de 0,50 pontos, o julho/20 valia US$ 3,51 com perda de 0,50 pontos, o setembro/20 era negociado por US$ 3,56 com estabilidade e o dezembro/20 tinha valor de US$ 3,64 com estabilidade.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, o mercado abre a semana aguardando o relatório do USDA da próxima terça-feira, que irá trazer números de Intenções de plantio e estoques trimestrais.
“Em nossa opinião, as implicações do plantio de 94 milhões acres (38,040 milhões hectares) de milho foram vistas e digeridas pelo comércio. Como as ações trimestrais são a partir de 1º de março, há uma boa possibilidade de que o número de ações seja amigável. Mas o USDA tem algumas mudanças que, sem dúvida, precisam ser feitas nos próximos meses em relação aos itens de linha Milho para Etanol e Milho para Alimentação (Ração / Residual) no balanço”, aponta o analista de mercado Brian Splitt.
“Com o recente colapso dos valores de energia e a difícil situação que a indústria do etanol enfrenta atualmente, o USDA não terá escolha a não ser reduzir a demanda de milho por etanol, enquanto é provável que eles compensem parcialmente essa redução de demanda com milho adicional para alimentação”, complementa Splitt.
Relembre como fechou o mercado na última sexta-feira:
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A semana chega ao final com pouca movimentação para os preços do milho no mercado interno. A maioria das cotações permaneceram sem movimentações nas praças pesquisadas em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.
Nesta sexta-feira (27), por exemplo, foram registradas apenas uma desvalorização, de 2% e preço de R$ 49,00 em São Gabriel do Oeste/MS e uma valorização em Brasília/DF (6,38% e preço de R$ 50,00).
De acordo com o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, este cenário com a disseminação do Coronavírus foi o grande responsável pode este movimento lateralizado. “Vivemos um misto de fatores atuando no mercado. Ainda estamos em um momento de pouco volume disponível de milho após as altas exportações do ano passado, mas agora começa a entrar algum volume com o avanço da colheita da safra verão”, explica Rafael.
O analista destaca ainda que, o atual momento de diminuição das atividades no Brasil em função do Coronavírus, começa a influenciar com alguma diminuição na demanda interna e aponta que “especialmente a indústria desacelerou bastante nos últimos dias. O setor de rações ainda segue demandando, mas já começamos a escutar rumores de redução nos abates de animais. A demanda por combustíveis também tem diminuído e isso pode interferir na produção do biocombustível feito do milho”.
Olhando para o futuro, a análise é que ainda não possível apontar uma tendência de caminho para as cotações. “É muito difícil fazer um prognostico neste momento em que existe muita discussão sobre lock dow vertical ou horizontal e existe muita pressão para o comércio e a indústria retomarem suas atividades normais”, explica Roberto Carlos Rafael.
Diante disso tudo, o analista aponta que os preços do milho mercado interno devem seguir lateralizados, ou com leves quedas (pressionadas pela colheita da safra verão), nos próximos dias e que o produtor precisa se manter atento à todas essas movimentações e seguir monitorando o clima da segunda safra brasileira, que pode comandar o direcionamento dos preços no futuro.
Bolsa de Chicago
Já no mercado externo, a sexta-feira chega ao final com os preços internacionais do milho futuro desvalorizados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 2,50 e 3,00 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,46 com baixa de 2,75 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,51 com perda de 2,50 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,56 com desvalorização de 3,00 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,64 com queda de 3,00 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,57% para o maio/20, de 0,85% para o julho/20, de 0,84% para o setembro/20 e de 0,82% para o dezembro/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (20), os futuros do milho acumularam altas de 0,87% para o maio/20, de 0,57% para julho/20, de 0,56% para o setembro/20 e de 0,28% para o dezembro/20, na comparação dos últimos sete dias.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram moderadamente em outra rodada de vendas técnicas na sexta-feira, enquanto os traders se preocupam com as perspectivas de outra safra massiva nos EUA neste ano, juntamente com a queda na demanda de etanol.

Data de Publicação: 30/03/2020 às 10:25hs
Fonte: Notícias Agrícolas

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