Publicado em 27/03/2020 14:17
A aversão ao risco voltou a dominar os negócios entre as commodities nesta sexta-feira (27), com as baixas sendo lideradas pelo petróleo. Os futuros perdiam mais de 4% em Nova York, com o barril valendo menos de US$ 22,00 na tare de hoje, pressionando as demais commodities de forma significativa. Os futuros do café, também em Nova York, caíam mais de 5% e o mercado da soja, que operava em alta na Bolsa de Chicago, também passou a trabalhar no vermelho.
Os futuros da oleaginosa, por volta de 13h40 (horário de Brasília), perdiam entre 3,50 e 4 pontos nos principais contratos, com o maio sendo cotado a US$ 8,76 e o julho, US$ 8,81 por bushel.
O mercado segue muito tenso sobre quais serão os efeitos reais da pandemia do coronavírus e dos isolamentos sociais para as economias globais. Nesta sexta-feira, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou um estudo mostrando que cada mês de confinamemto tira 2,2 pontos percentuais das grandes economias e preocupou os mercados.
"Nossas estimativas mais recentes mostram que o bloqueio afetará diretamente setores que representam até um terço do PIB nas principais economias", disse Ángel Gurria, da OCDE, aos líderes do G20, que estiveram reunidos nesta semana para alinhar medidas de estímulo à economia mundial.
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E embora a China esteja mais presente no mercado dos EUA, segue ainda concentrando um grande volume de compras no Brasil, que se mantém como protagonista já que continua desempenhando um papel importante de fornecedor, com sua logística, inclusive, acontecendo normalmente, sofrendo apenas com pequenos e pontuais problemas municipais.
"Portanto, enquanto duram as incertezas, o mercado segue volátil, mas, ao mesmo tempo, apresentado boas oportunidades de negócios em níveis historicamente altos neste curto prazo", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da AgroCulte.
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