quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Depois de 100 anos, látex ainda é importante fonte de renda na Amazônia
Depois de 100 anos, látex ainda é importante fonte de renda na Amazônia
Atividade teve seu apogeu no fim do século XIX.
Globo Rural mostra série de reportagens sobre a produção da borracHá mais de 100 anos, os riscos no caule da seringueira mudaram os rumos da história na região Norte do país. O látex, seiva que tem alta capacidade elástica, podia ser encontrado em mais de 20 árvores tropicais no planeta, mas nenhuma se comparava em qualidade e produtividade à “hevea brasiliense”, espécie que só existia na Amazônia.
No fim do século XIX, a borracha era o segundo produto mais importante na pauta de exportação brasileira, só ficava atrás do café. O Brasil era o único exportador do mundo, mas nesta mesma época, sementes da seringueira amazônica foram contrabandeadas para colônias do império britânico na Ásia.
Lá, eles conseguiram fazer o cultivo da árvore e em menos de 10 anos, as seringueiras plantadas lado a lado começaram a produzir.
Enquanto isso, na Amazônia, o modo de produção continuava o mesmo: seringueiros dispersos pela floresta, ficou impossível competir. Em 1912, o Brasil atinge o auge da produção: 42 mil toneladas, para no ano seguinte ser superado definitivamente pela borracha da Malásia.
Em 100 anos, o Brasil passou de maior exportador do mundo para a desconfortável posição de importador. E não só perdemos mercado, como passamos a depender da borracha produzida na Ásia.
Por ano, 280 mil toneladas são compradas da Tailândia, Indonésia e Malásia, que junto com outros quatro países respondem por mais de 90% da produção mundial. O Brasil participa com 1% do mercado global e a maioria da borracha vem de árvores cultivadas principalmente na Bahia e em São Paulo.
Os estados da Amazônia perderam espaço na produção de borracha, mas o látex ainda é meio de vida para pequenos seringueiro
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