quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Soja encerra com negócios em alta na Bolsa de Chicago
Soja encerra com negócios em alta na Bolsa de Chicago
30/10/2013 16:45
Nesta quarta-feira (30), a soja encerrou os negócios em alta na Bolsa de Chicago e, no mercado interno, os preços da oleaginosa acompanham o movimento positivo. No quadro internacional, os ganhos ficaram entre 5,25 e 8,50 pontos. No porto de Rio Grande, a saca soja disponível fechou valendo R$ 74,50. O indicador Cepea para a soja, referência desta terça-feira (28), ficou em R$ 72,45.
A pouca oferta de produto disponível e uma demanda aquecida tem dado boa sustentação às cotações tanto nos negócios em Chicago quanto no Brasil, registrando um momento ainda melhor para os negócios que acontecem no interior do país. Enquanto nos portos brasileiros os prêmios variam entre US$ 2,40 e US$ 3,00 sobre o valor praticado no contrato de novembro da CBOT, em algumas praças de comercialização esses valores podem ir de US$ 3,30 e US$ 3,60/bushel, segundo explicou Ênio Fernandes, consultor em agronegócio.
"A soja que está no mercado ainda é bastante rara e escassa. Primeiro, porque no Brasil não tem mais soja, ela praticamente acabou. E nos Estados Unidos, a colheita já está entre 70 e 80%, mas os produtores cumprem seus compromissos e seguram o grão para tentar negociar melhor", diz.
Frente a isso, os valores encontram bastante suporte no mercado interno, haja vista que, além da oferta ajustada, a demanda bastante aquecida disputa a pouca soja que há no mercado, principalmente por parte da indústria. Segundo o secretário geral da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) Fábio Trigueirinho, esse aquecimento no mercado interno é normal nesse período, uma vez que se caracteriza a entressafra no país.
Em setembro, ainda de acordo com números da associação, a indústria brasileira recebeu 1,3 milhão de toneladas de soja para processamento, em relação às 333 mil toneladas no mesmo mês do ano passado. Já em 2011 e 2010, esse número foi de, respectivamente, 1.827 milhão e 906 mil toneladas. "O bom volume de compras de setembro indica que há soja no mercado, pois o produtor está capitalizado e segurou parte da safra para aproveitar os preços da entressafra. Não antevemos qualquer problema", diz Trigueirinho.
Apesar desse cenário, os negócios vêm registrando um ritmo menor nas última semanas, a medida que vai chegando o final do ano. Como explicou o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os compradores reduziram sua presença no mercado, bem como o vendedores, e são efetivadas vendas somente para indústrias de menor porte, com aquisição de soja em grão para a produção de biodiesel e farelo para ração.
No final do último mês, de acordo com a Abiove, as processadoras possuíam mais de 6,1 milhões de toneladas de soja, volume que permite que passem por esse período de forma mais tranquila, abastecidas. "Somadas às compras de outubro, novembro e dezembro, esse volume permitiria uma transição tranquila até a colheita em janeiro", explicou o secretário da instituição.
Sobre os estoques de farelo e óleo de soja do Brasil, Trigueirinho afirma que estão "absolutamente normais". Os de farelo esse ano somam 1,320 milhão de toneladas, contra 1,5 milhão de 2012, e os de óleo somam 334 mil toneladas contra 381 mil do ano passado. Para a soja em grão, segundo Vlamir Brandalizze, os estoques brasileiros são de, aproximadamente, 5,5 milhões de toneladas e a demanda interna, até fevereiro, deverá somar 9 milhões de toneladas, com um consumo de cerca de 3 milhões de toneladas por mês.
Fonte: Notícias Agrícolas / Carla Mendes
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