quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Superplantas” israelenses conseguem ficar até um mês sem água
Superplantas” israelenses conseguem ficar até um mês sem água
“Superplantas” israelenses conseguem ficar até um mês sem água
31/10/13 - 11:46
por Leonardo Gottems
O professor de biologia Shimon Gepstein, da Technion University (Haifa) desenvolveu uma modificação genética que pode revolucionar a produção mundial de alimentos. “As plantas conseguem sobreviver a secas, conseguem ficar até um mês sem água e, mesmo que sejam regadas, precisam de apenas 30% da quantidade de líquido que plantas normais necessitam”, afirma Gepstein.
O pesquisador explica que suas plantas geneticamente modificadas não apenas sustentam a produção do hormônio "citocinina", que previne o envelhecimento e facilita a fotossíntese contínua, como exigem menos água para o crescimento: “Os vegetais e as frutas agora duram o dobro e, às vezes, três vezes mais, após serem cortados. Colhi uma alface modificada que levou 21 dias até começar a ficar amarronzada, enquanto que alfaces normais já ficam ruins em cinco ou seis dias”.
Gepstein sustenta que a descoberta pode beneficiar as regiões que sofrem com a estiagem e clima adverso. “Poderíamos levar suas sementes para zonas áridas, onde há riscos de secas severas, e alimentar a população. Apesar de toda a conotação negativa que a expressão ‘geneticamente modificado’ carrega, posso afirmar que essas plantas não são perigosas para a saúde humana, pois nós as alteramos utilizando seus próprios componentes, nada foi adicionado a elas”, conclui.
A descoberta veio através de experimentos visando prolongar a longevidade dos vegetais. Através de testes em folhas de tabaco, os cientistas foram capazes de desenvolver uma planta que vive duas vezes mais em relação à média da espécie. Quando as pontas das folhas foram cortadas, as plantas ‘normais’ amarelaram e morreram depois de uma semana, enquanto as transgênicas sobreviveram por um total de 21 dias.
A descoberta é especialmente significativa para Israel. O trigo é plantado no início do Inverno e brota após a primeira chuva. Se não há nenhuma precipitação subsequente, a planta acaba morrendo. Com esta nova tecnologia, o trigo será capaz de suportar uma quantidade considerável de estiagem. Os resultados já estão ganhando aplicações práticas, e empresas internacionais já manifestaram interesse na tecnologia.
Agrolink
Autor: Leonardo Gottems
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